Logo após o fim da edição de 2023 da MotoGP, Marc Márquez pela primeira vez experimentou oficialmente uma nova moto que não fosse uma Repsol Honda, depois de 11 anos na equipe de fábrica japonesa.
No teste pós-temporada realizado em 28 de novembro no circuito Ricardo Tormo, em Valência, o catalão pilotou a Gresini Ducati. A chefe da equipe Nadia Padovani testemunhou o momento histórico.
Em entrevista para a Gazzetta dello Sport, a viúva de Fausto Gresini, fundador da equipe, descreveu o que sentiu ao presenciar Marc Márquez em seu time.
“Eu estava nos boxes esperando que ele tirasse o capacete após a primeira largada. Queria ver a primeira expressão quando ele descesse da moto. Eu vi aquele sorrisinho no rosto dele e pensei: ‘OK, vamos lá'”, brincou Padovani.
“Marc Márquez estava agitado”, relatou Padovani
A dirigente da Gresini afirmou que o espanhol oito vezes campeão do mundo ficou muito feliz com a nova moto. Então, assegurou que Márquez parou uma hora antes do fim do evento para não correr riscos.
Nadia Padovani destacou as dificuldades enfrentadas por Marc Márquez na Honda nos últimos anos. “Ele quer voltar ao jogo depois de anos difíceis devido ao problema nos freios, ao problema no braço e ao retorno com uma moto difícil que já não lhe permitia certos resultados e com a qual caiu muitas vezes”, observou.
A chefe da Gresini lembrou que o catalão se apresentou à nova equipe de maneira “calma e humilde”. Entretanto, fez uma ressalva. “Você espera sabe-se lá o quê de alguém que ganhou muito, mas foi o contrário. Na verdade, ele estava até um pouco agitado, ansioso para ir embora”, relatou.
Por fim, ainda que Padovani acredite que a Gresini esteja no nível da equipe de fábrica da Ducati, a chefe da Gresini admite as dificuldades que Márquez terá diante dos favoritos. Assim, elogiou o atual bicampeão mundial Francesco Bagnaia, além de Jorge Martín e Marco Bezzecchi. “Não será muito óbvio vencer o Campeonato Mundial de MotoGP, mas vamos tentar”, prometeu.
