A contratação de Marc Márquez pela Gresini Ducati continua gerando uma grande repercussão e expectativa. O espanhol oito vezes campeão da MotoGP pela primeira vez pilotará uma moto que não seja a da Repsol Honda depois de 11 temporadas. O catalão será parceiro de equipe do irmão Álex Márquez.
Ao contar com um piloto do patamar de Marc Márquez em seu box, a chefe da Gresini, Nadia Padovani, admitiu um temor. Segundo a viúva do fundador da equipe Fausto Gresini, os pilotos e membros da administração da equipe de fábrica da Ducati poderiam se sentir intimidados com a presença do catalão.
“Houve quem tivesse medo de criar um clima de tensão com os pilotos da equipe oficial. Mas na realidade havia visões conflitantes lá dentro”, disse Padovani ao Corriere della Sera.
A chefe da Gresini também listou os fatores positivos para o quadro da equipe italiana em contar com Marc Márquez.
“Acredito que também será um motivo de orgulho para eles ter um oito vezes campeão mundial numa Ducati. Parecia impossível que um oito vezes campeão mundial pudesse trocar a Honda por uma equipe privada”, declarou.
“Parece um sonho ter Marc Márquez”
Desse modo, Nadia Padovani não disfarçou sua felicidade em ver o hexacampeão das 500 cilindradas da MotoGP guiando sua moto nos testes pós-temporada no circuito Ricardo Tormo em novembro.
“Parecia um sonho ter Marc. Só quando o vi rodando na prova de Valência é que disse: ‘Então é verdade’. E mesmo agora parece irreal para mim, mas ele está conosco”, festejou.
A dirigente reconheceu que a iniciativa de Marc Márquez defender a Gresini não partiu dela, e sim dos representantes do piloto. “Nunca teríamos procurado ele. O empresário dele nos contatou, mas ele tinha um acordo com a Honda até 2024. Os obstáculos não foram poucos”, concluiu.