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De graça? Márquez não tem direito a compensação salarial; entenda

O hexacampeão da MotoGP Marc Marquez deixou a Honda após 11 anos de equipe para correr pela Gresini Racing na temporada de 2024

Marc Márquez

Reprodução: X/Marc Márquez

O hexacampeão mundial de MotoGP Marc Márquez abriu mão de uma fortuna ao deixar a Honda. A ida do espanhol para a Gresini em 2024, entretanto, vai além. Segundo Diretor-esportivo da Ducati, Paolo Ciabatti, o piloto aceitou não receber um único centavo de salário da equipe. Ademais, o executivo revelou que a negociação trata-se de uma “transferência gratuita”.

Para deixar a Honda, Marc Márquez abriu mão de um salário de € 15 milhões (cerca de R$ 79,3 milhões). O espanhol, que tinha contrato até o fim da temporada 2024, acordou em sair um ano antes para colocar as mãos em uma moto Ducati. Ciabatti acredita que a decisão de Marc foi tomada após ele colher referências sobre a moto com o irmão Álex. 

“Até eu estava convencido de que a Honda não poderia renunciar a Marc Márquez. Marc entrou em acordo com a Gresini depois de, creio eu, falar com o irmão e avaliar a força da moto do ano passado. Pelo que eu entendo, com salário zero. Entendo que ele está correndo praticamente com uma transferência gratuita”, disse Ciabatti em uma participação no podcast A Tutto Gas. 

“O fator econômico não foi o que guiou essa transferência. Devemos nos orgulhar que ele considere a Ducati a melhor moto para voltar a ser competitivo. Não vou esconder que ele é um mau cliente de se ter, porque, de qualquer forma, já temos os nossos pilotos que disputam o Mundial em Bagnaia, Martín e Bezzecchi. De um certo ponto de vista, não era necessário inserir mais um elemento de alta competitividade. É uma complexidade extra para gerir, mas também um incentivo para sermos mais rápidos”, defendeu.

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Ademais, por fim, Ciabatti reforçou que a Ducati não teve envolvimento na transferência de Márquez para a equipe chefiada por Nadia Padovani.

“A Ducati foi informada, mas, contratualmente, podemos decidir sobre os pilotos da Pramac. Certo ou errado, isso não está previsto com Gresini e VR46. Não temos de aprovar a escolha deles e nem eles têm de nos consultar. Eles nos informaram quando o negócio estava próximo de ser concluído. Entendemos que era uma oportunidade única para a Gresini. Mas não parecia certo dizer a eles para desistirem”, concluiu.

Escrito por Danielle Barbosa

Jornalista.

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