Devido à crise das equipas nipónicas que anima o MotoGP e alguns desempenhos individuais abaixo da expectativa, Fabio Quartararo é sem dúvida um dos nomes mais visados do mercado do esporte – atrás, talvez, apenas de Marc Márquez.
Ainda assim, o ex-campeão mundial, que esperava algo mais de 2023 do que viu até agora, parece disposto a continuar com o projeto da Yamaha. Pelo menos até o término de seu contrato, ou seja, até o fim de 2024.
É o que o piloto francês tem reiterado nas últimas horas. “Tenho um projeto com a Yamaha; e se for embora? Não sei. A Yamaha tem um projeto e quero continuar com a equipe japonesa. Então, também em 2024 acho que vou continuar com a Yamaha”, disse Quartaro.
Entretanto, nos últimos meses Quartararo questionou bastante a equipe, alegando que suas reuniões são silenciosas; portanto, pôs em dúvida seu futuro a longo prazo. De fato, o campeão de MotoGP de 2021 tem uma temporada decepcionante; assim, tem lamentado sua máquina.
“Nas reuniões muitas vezes há silêncio, ninguém fala. Mesmo hoje, ninguém sabe por que lutamos tanto, por que a moto é tão agressiva e não tenho sentimento. Isso é o que me irrita, ver os outros fazendo esses tempos hoje em condições difíceis e nem chegamos perto”, disse ele antes do teste de Jerez.
Questionado se a moto da Yamaha era a que estava com mais problemas, Quartararo respondeu que sim. “Agora eu só quero pensar neste ano, mas a hora vai chegar. Vamos ver se fico, vai depender da moto de 2024, se for como a deste ano certamente terei que pensar em algo diferente.”
O piloto reclamou da falta de potência que sua Yamaha teve na temporada passada, mas suas tentativas de resolver esse problema criaram outros diferentes.”O motor melhorou, embora a diferença seja basicamente a mesma. Falta-nos potência e isso nos obriga a não tirar partido da aerodinâmica; mas perdemos as curvas, a estabilidade”, explicou.
“Adicionamos problemas em vez de resolvê-los. Em 2019 as asas eram mais ou menos as mesmas, mas a moto estava mais estável. Mas você tenta olhar para a Ducati de quatro anos atrás e agora não a reconhece”, afirmou ele na ocasião.