Álex Rins, piloto da LCR Honda, estará de casa nova na próxima temporada. Desse modo, o piloto espanhol ocupará o lugar de Franco Morbidelli na Yamaha a partir de 2024 e terá Fabio Quartararo como companheiro de equipe.
Rins chega na equipe japonesa com o status de ser o único piloto não pertencente à Ducati que conseguiu conquistar uma vitória nesta temporada. Assim, o espanhol poderá testar Quartararo, campeão mundial de 2021, de maneiras diferentes e desafiadoras.
“Em relação ao Alex, é um novo desafio para a equipe e para ele, também para mim. Ele tem muita experiência em motos totalmente diferentes”, disse Fabio Quartararo.
Rins, inclusive, superou o piloto francês nas temporadas 2019 e 2020, quando dirigia uma Suzuki. Agora, ele substituirá Morbidelli que, em quatro anos juntos, superou Fabio em apenas uma oportunidade (2020).
“Passei quase toda a minha carreira na MotoGP com Franco, nos conhecemos há muito tempo. Desejo o melhor para ele”, salientou o piloto de 24 anos.
Por fim, Quartararo está longe de ter uma boa temporada. No Grande Prêmio da Grã-Bretanha, o francês ficou apenas com o 15º lugar. Assim, após a corrida, ele trocou um emoji de tartaruga com Marc Marquéz, que também está insatisfeito com seu rendimento, nas redes sociais. Além disso, ambos os pilotos não estão contentes com o desempenho de suas motos.
“A primeira parte da temporada não foi o que eu esperava. Você precisa olhar para frente. As férias de verão foram boas para mim. Sentimos e sabemos que não estamos preparados para lutar pelo pódio. Precisamos fazer tudo muito bem para um grande resultado”, comentou Fabio Quartararo.
Diretor da Yamaha concorda com Fabio Quartararo e fala sobre problemas da equipe
O diretor administrativo da Yamaha, Lin Jarvis, não se esquivou das criticas que a equipe tem recebido. Desse modo, ele concordou com Fabio Quartararo e ainda falou sobre os resultados decepcionantes.
“A primeira metade foi decepcionante, sem dúvida. Comparar o primeiro semestre do ano passado com este ano, é decepcionante. Esperávamos fazer melhor, não cumprimos os nossos objetivos na primeira parte. Temos lutado com frequência, só fizemos dois pódios. Não está no padrão a que estamos acostumados e onde queremos estar. Temos muito o que trabalhar e muitas coisas para melhorar no futuro”, comentou Jarvis.
Além disso, o diretor detalhou os problemas da equipe japonesa.
“O motor é uma das coisas positivas. Nos anos anteriores, lutámos com a velocidade máxima e os nossos pilotos não conseguiram ser competitivos em muitas situações nas retas. O motor foi definitivamente uma mudança positiva. Algumas pessoas o criticam, mas resolveu um problema – não nos dá uma vantagem, mas reduziu a desvantagem que tínhamos no passado”, salientou o diretor.
“Vimos outros fabricantes avançarem nas áreas de chassis e manuseio, isso costumava ser o nosso forte. Não temos mais nenhuma vantagem na área de chassis. Isso dificulta a luta. Estamos lutando na classificação e, nesse formato, não dá tempo de extrair o melhor do nosso pacote. Temos apenas dois pilotos em pista. Estamos com o pé atrás em todos os eventos de corrida. Isto cria dificuldades para os nossos pilotos que têm de andar além do limite – vimos quedas, lutas, problemas. É difícil se você não está se classificando bem para obter bons resultados nas corridas”, finalizou Lin Jarvis.