Depois de 11 anos de serviços prestados à Honda, o espanhol Marc Márquez resolveu buscar novos ares. Mesmo ainda tendo uma temporada de contrato na equipe nipônica, o hexacampeão da categoria rainha, decidiu pela saída, acertando com a Gresini Ducati. Apesar de todo o “gabarito” do Formiga Atômica, a contratação não foi unânime, ao menos é o que garante Jorge Lorenzo.
Em entrevista ao site GPOne, o ex-piloto revelou que os bastidores da Ducati estiveram agitados quando se discutiu a contratação do espanhol para 2024. Apesar de ser uma equipe independente, a Gresini conta com a influência de nomes pesados da equipe italiana principal.
“A chegada de Marc é uma boa notícia para a Ducati porque eles estão recebendo o melhor piloto a custo zero. Mas também é um problema porque nem todos os executivos da Ducati queriam Marc”, iniciou Jorge Lorenzo, ex-piloto da Ducati, destacando pontos preocupantes no acerto selado por apenas uma temporada.
“Gigi Dall’Igna certamente o queria, já que ele está sempre visando os pilotos mais rápidos. No entanto, há dois aspectos que nos preocupam. O primeiro é perder Marc depois de apenas um ano, porque ele então levaria todo o conhecimento que adquiriu com ele. O segundo é que ele pode vencer Francesco Bagnaia e Jorge Martin”, pontuou o comentarista do DAZN.
Ainda na entrevista ao GPOne, o ex-piloto e adversário do Formiga Atômica nas pistas prospectou um cenário de protagonismo para o novo contratado da Gresini Ducati.
“Acho que ele vai ganhar muitas corridas no próximo ano. Não sei se ele pode lutar pelo título, mas, se eu tivesse que apostar, apostaria nele”, seguiu Jorge Lorenzo.
O contrato de apenas uma temporada selado entre as partes deixa o futuro em Márquez em aberto, e com cenário de muitos rumores e especulações em torno do piloto ao longo de 2024. Antes mesmo da sua estreia na nova equipe, já chegou a ser cogitado um possível retorno dele à Honda em 2025, com a exigência de uma moto à altura.