A transferência de Marc Márquez da Repsol Honda para a Gresini Ducati é o movimento que mais chama a atenção na MotoGP nos últimos meses. Afinal, o espanhol encerrou uma trajetória vitoriosa de 10 anos e seis títulos na categoria rainha da motovelocidade defendendo a equipe de fábrica.
Para 2024, Marc Márquez irá assumir uma moto Desmosedici GP23. O modelo foi utilizado na temporada recém-encerrada pelos dois primeiros colocados da MotoGP: Francesco Bagnaia e Jorge Martín. O espanhol foi questionado se a chegada de um octacampeão mundial, seis vezes pelas 500 cilindradas, causaria um “terromoto” na Ducati.
“Não creio que seja assim. Martin, Bagnaia, Bezzecchi são pilotos muito fortes. E eles são jovens. No esporte ninguém é eterno, chega um dia que você cai e os jovens te ‘expulsam’. É um passo natural”, comentou Marc Márquez, antes dos treinos pós-temporada de terça (28), em Valência. Os concorrentes da Ducati avaliaram a sessão do ex-piloto da Honda em sua nova moto.
Marc Márquez planeja ficar no top-5
O agora piloto da Gresini reconheceu que não vence uma corrida na MotoGP há dois anos. Então, admitiu metas mais modestas para a próxima temporada, para quem já conquistou seis vezes a principal modalidade do esporte.
“Eu gostaria de sorrir novamente sob meu capacete. Isso significa estar na frente. Vencer é difícil, mas seria bom voltar a lutar para vencer e estar sempre entre os cinco melhores”, declarou.
Por fim, Marc Márquez comentou sobre a saída da Repsol Honda, equipe pela qual pilotou por 11 temporadas. “Não quero me arrepender. Quando terminar minha carreira, quero pensar que fiz 100% o que queria. É arriscado, mas essa é a minha mentalidade. Aceitarei o fracasso se ele acontecer, conheço os riscos. Mas pelo menos não terei arrependimentos”, finalizou.