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Miguel Oliveira revela frustração com desempenho da Aprilla na MotoGP

Miguel Oliveira gostou do apoio que recebeu da torcida local, mas ao mesmo tempo ficou decepcionado com o desempenho de sua moto

Miguel Oliveira

Miguel Oliveira é indicado para a Pramac (Divulgação/RNF Racing)

Miguel Oliveira diz que só conseguiu dar “passos de bebé” no MotoGP este ano, já que a Aprilia RS-GP de 2024 ‘não tem funcionado’ para ele. A Aprilia reformulou radicalmente o seu concorrente com motor V4 durante o inverno, com um foco renovado na aerodinâmica, permitindo aos pilotos Aleix Espargaró e Maverick Vinales conquistarem pódios de sprint no Qatar e em Portugal, respetivamente, e emergirem como candidatos à vitória.

Mas Oliveira, piloto da Trackhouse, que também tem o RS-GP de última geração à sua disposição, não conseguiu replicar o tipo de resultados que Espargaró e Vinales alcançaram até agora, deixando-o em 14º na classificação após as duas primeiras etapas.

Depois de somar um único ponto na abertura da temporada no Qatar, o piloto português só conseguiu terminar em nono na sua ronda caseira no Circuito Internacional do Algarve, onde Vinales estava a caminho do segundo lugar até um problema tardio na caixa de câmbio. O jovem de 29 anos explicou que não tem conseguido dar muitos passos numa moto que simplesmente não tem funcionado como gostaria.

Oliveira é um dos atletas mais conhecidos de Portugal, um país também conhecido pelo seu amor pelo futebol, e mais uma vez teve uma forte recepção dos adeptos no circuito algarvio no passado fim-de-semana ao alinhar em 15º lugar na grelha.

Aspas de Miguel Oliveira

“Realmente pequenos passos. Eu teria gostado de algo maior. A sensação que tenho é boa. Estou totalmente adaptado ao estilo de pilotagem de primeira linha e tudo mais, mas a moto simplesmente não funciona, não funciona como deveria, e é bastante frustrante. Mas é o que temos. Precisamos continuar trabalhando e tentar encontrar um caminho.”

“Só vi este [nível de apoio] nos anos em que estive no campeonato com um piloto e ele já se aposentou. Você sabe quem é [Valentino Rossi]. É incrível não ter a pista, mas o país inteiro com você. É incrível. Então não consigo descrever o sentimento.

Um pouco de pressão porque todo mundo está gritando seu nome. Mas é bom porque depois disso nem disputar o mundial vai ser mais pressão do que isso, a não ser que [a final seja] aqui. Nesse caso as coisas são diferentes. Mas foi legal, muito legal.”

Escrito por Fabricio Carvalho

Jornalista baseado no Rio de Janeiro. Redator de notícias, artigos e relatos sobre esportes nacional e internacional

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