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MotoGP: Casey Stoner explica como contar novamente com Kawasaki e Suzuki

Bicampeão mundial de MotoGP, ex-piloto australiano defende o retorno dos dois tradicionais fabricantes à competição

Casey Stoner Repsol Honda
Reprodução: Casey Stoner Website

Casey Stoner conquistou dois títulos da MotoGP em 2007 e 2011. O australiano de 38 anos pendurou o capacete em 2012 e hoje é um crítico do atual desenvolvimento aerodinâmico e de downforce que permite corridas mais rápidas.

O ex-piloto defende uma consistência maior na elaboração dos regulamentos e uma definição da implementação das regras e seus custos. Dessa forma, equipes tradicionais como Suzuki e Kawasaki poderiam planejar um eventual retorno à MotoGP.

Enquanto a Kawasaki deixou a categoria no começo de 2009 devido à crise econômica global da época, a Suzuki se desligou depois do fim do campeonato de 2022.

Em entrevista para a TNT Sports, Stoner defendeu suas ideias. “Continuamos pensando que não podemos parar esta progressão”, declarou. “Precisamos de um conjunto de regras que dure basicamente 10 anos”.

O antigo bicampeão de MotoGP reforça que as equipes poderiam controlar suas finanças com antecedência, tendo um regulamento fixo durante a década.

“Os fabricantes chegam, sabem o que podem reservar para um orçamento, de forma realista. Traga a Suzuki de volta, a Kawasaki e outros fabricantes. Eles sabem que os regulamentos são os mesmos há 10 anos, não ficarão atrás da bola oito constantemente, dizendo ‘agora não temos orçamento para isso'”, avaliou.

“MotoGP tem que parar de imitar a Fórmula 1”

Stoner contestou a adição das corridas sprints na MotoGP, citando o principal campeonato dos esportes a motor. “Isso está lhe dizendo que há muita coisa acontecendo. Sinto que estamos constantemente tentando imitar a Fórmula 1”, reclamou.

O australiano finalizou ressaltando de que a MotoGP tem que parar de copiar a famosa competição de monopostos.

“Criamos as corridas porque as nossas motos têm 30 centímetros de largura e podemos colocar oito delas numa curva. Você não pode fazer isso na Fórmula 1. Não deveríamos tentar imitá-los com corridas de velocidade. Deixe como é. Você teria os mesmos pilotos em seus assentos todas as semanas”, concluiu.

 

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Escrito por Marco Andrews Felgueiras Maciel

Jornalista formado pela PUCRS em 2007 e pós-graduado em Imprensa Esportiva e Assessoria de Comunicação pela Universidade Castelo Branco. Atuei na web-rádio Voz do Futebol e escrevo para o Torcedores.com desde 2022, além de colaborar para o site Nas Pistas a partir de 2023. Também edito o SAMBARIO, voltado para carnaval e sambas-enredo, desde 2004. No canal do YouTube do portal (@sambariosite), entrevistamos mais de uma centena de personalidades do samba e do carnaval nos tempos da pandemia. Ainda fui redator e assessor de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade).

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