Detentora de uma expressiva hegemonia na MotoGP em um passado recente, a Honda vive uma temporada de 2023 para ser “esquecida”. Tendo vencido apenas uma das oito provas realizadas na categoria, a escuderia nipônica foi alvo de análise do piloto Taka Nakagami, da LCR.
Na visão do 16º colocado no Mundial de Pilotos, tanto ele como a equipe passa por um momento terrível, em termos de desempenho. O japonês foi enfático ao destacar alguns problemas encontrados na moto, que afetam diretamente um melhor rendimento.
“É provavelmente a maior crise do HRC e também a maior crise da minha carreira. Tem sido uma temporada muito difícil até agora – muitas quedas e algumas lesões. E os resultados… só estive entre os 10 primeiros três vezes, então sim, é um momento muito difícil”, iniciou Nakagami, apontando os principais pontos de irregularidade da moto.
“A roda dianteira da nossa moto fica a tremer, a traseira fica muito instável, a moto balança e balança e assim tudo é muito difícil. Quando se faz uma curva, falta aderência na frente e é fácil cair”, avaliou Nakagami.
E assim que aceleramos não há aderência na parte traseira, a roda traseira começa a patinar. Não sei se é um problema mecânico ou eletrônico, mas de qualquer forma é muito difícil de administrar”, pontuou o piloto da LCR, chegando a citar a queda de Marc Márquez, no warm-up do GP de Sachsenring, na Alemanha.
Questionado sobre o deve ser feito para que a Honda busque uma remontada, Nakagami apontou que o trabalho deve continuar sendo realizado, mas com a necessidade de correções, e não esconder as falhas para “debaixo do tapete”.
“Sei que a única saída é continuar a trabalhar, mas as limitações da nossa moto estão aí. Podemos fechar os olhos para uma volta rápida, mas não podemos fazer uma corrida inteira assim. No momento em que se ultrapassa esse limite, acabamos na armadilha”, complementou o japonês, que está em seu sexto ano de MotoGP, todos eles disputados com as cores da Honda.