Após anunciar oficialmente a saída de Marc Márquez ao final da temporada 2023, a Repsol Honda ainda busca um substituto no mercado. Para o ex-piloto da MotoGP, Casey Stoner, a fabricante japonesa precisa tirar o foco de pilotos experientes da categoria e buscar um jovem com potencial nas categorias inferiores.
“Eu arriscaria trazer um piloto talentoso da Moto2. Todo mundo gosta de falar sobre maturidade ou experiência, mas grande parte disso vem da ideologia do próprio piloto e do que eles querem alcançar”, revelou Stoner.
Bicampeão da MotoGP, Stoner conquistou um de seus títulos com a Repsol Honda, em 2011. O ex-piloto australiano entende que a equipe japonesa precisa, nesse momento, de alguém sedento por vitórias e não que venha para usar a experiência de veteranos.
“Quando você tem um piloto jovem e sedento, acho que essa é a escolha óbvia a se fazer. Você não precisa de um líder de equipe se ele não for o líder certo para você. É fácil dizer que precisamos de pilotos experientes para liderar o desenvolvimento. Mas, quando você não tem os pilotos que estão dispostos a fazer tudo para direcionar a equipe da maneira certa, é um desperdício”, afirmou o australiano.
Por sim, Stoner diz que a equipe precisa achar alguém disposto a sair da “zona de conforto”. O ex-piloto acredita que a Repsol Honda tem muitos aspectos para explorar e evoluir e não pode escolher apenas por experiência.
“Você pode mudar tudo, há tantos aspectos que eles precisam explorar se conseguirem um piloto capaz de sair da zona de conforto”, disse Stoner.
Repsol Honda de olhos em diversos pilotos do grid da MotoGP
Contrariando o desejo de Stoner, a Repsol Honda segue avaliando o mercado de pilotos da categoria principal para substituir Marc Márquez. A fabricante japonesa, contudo, ainda não achou o piloto ideal para a vaga.
O primeiro alvo da Repsol Honda foi Maverick Viñales. O espanhol, no entanto, tem contrato com a Aprilia para a próxima temporada e a equipe não tem intenção de liberá-lo do acordo.
Então, a equipe japonesa virou sua atenção para a Miguel Oliveira, também da Aprilia. O português chegou a dizer que era um privilégio ser considerado pela Repsol Honda, mas as conversas não evoluíram.
Por fim, o italiano Fabio Di Giannantonio surgiu como opção. O piloto de 25 anos perdeu a vaga na Gresini Ducati para Márquez e não tem acordo com nenhuma equipe para a próxima temporada. A decisão, entretanto, ainda depende da resposta de Oliveira.