Shane van Gisbergen foi o primeiro estreante em 60 anos a vencer uma prova da Nascar e somente o sexto não nascido nos Estados Unidos a triunfar na competição. Assim, o piloto neozelandês de 34 anos fez história, ganhando a etapa no circuito de rua de Chicago ao pilotar um Chevrolet da equipe Trackhouse Racing no começo de julho.
Dessa forma, o atual bicampeão do V8 Supercars Championship na Austrália estará de volta na Nascar. Então, Van Gisbergen correrá na etapa do oval de Indianápolis no próximo dia 13 de agosto. O sucesso do piloto da Nova Zelândia incentiva a presença de outros profissionais não nascidos nos Estados Unidos.
Também estará em Indianápolis o ex-campeão mundial de Fórmula 1, o britânico Jenson Button. Concorrente de Van Gisbergen no V8 Supercars, o australiano Brodie Kostecki fará sua primeira corrida na Nascar, pela equipe Richard Childress Racing, no lendário oval.
Ex-F1, Kamui Kobayashi representará o Japão na Nascar
Nesse sentido, a Toyota também passará a compartilhar seus assentos de forma global. Assim, estará no circuito de Indianápolis Motor Speedway no próximo dia 13 um outro ex-piloto de F1. O japonês Kamui Kobayashi, que disputa o Campeonato Mundial de Endurance (WEC), integrará o grid da prova da Nascar no famoso oval.
Desse modo, Kobayashi será o primeiro piloto do Japão em 20 anos na Nascar, desde Hideo Fukuyama em 2003. Então, o presidente da Toyota, David Wilson, não esconde a ansiedade pela etapa de Indianápolis com a presença de Kamui Kobayashi, de 36 anos. O dirigente também mencionou o êxito de Shane van Gisbergen em Chicago.
“Ele (Kobayashi) é um nome e um rosto conhecidos. Obviamente no Japão ele é grande, mas na Europa, por causa da penetração do WEC e dos carros esportivos, ele também tem um nome. Você combina isso com o que Shane fez em Chicago. Sem dúvida há mais interesse. A empolgação de Kamui é compreensível”, declarou o presidente da Toyota, em entrevista para o site Motorsport.
Então, a empresa japonesa vem gerenciando o automobilismo globalmente de uma forma descentralizada. Ou seja, com a Toyota tendo a autonomia para gerenciar suas participações, decidindo onde corre e indicando pilotos. “O ‘efeito Kamui’ ou o ‘efeito Shane’ certamente nos fez abrir um canal de comunicação”, comunicou o novo presidente da Toyota, Koji Sato.
Por fim, o interesse na Nascar pode proporcionar carreiras adicionais para os pilotos da equipe. “Poderia abrir as portas para uma segunda parte ao disputar um campeonato na Nascar? Eu acho que a resposta é absolutamente afirmativa. Com certeza haverá alguma reflexão”, finalizou David Wilson.