Pol Espargaró admitiu, em entrevista, que se sentiu desgastado quando deixou a KTM para se assinar com a Honda em 2021. Ele revelou que sentia falta de fazer testes nas motos.
Espargaró foi o líder de desenvolvimento da KTM desde a estreia da marca, em 2017, até 2020. Contratado pela Honda em 2021, Espargaró lutou para replicar a RC16, marcando dois pódios antes de decidir assinar de novo com a KTM para voltar à Tech3 em 2023.
A Honda e a Yamaha estão atualmente em último lugar na classificação dos fabricantes, já que o equilíbrio mudou e atualmente está com as marcas europeias.
A KTM desenvolveu constantemente sua moto nos primeiros três anos no MotoGP, o que Espargaró diz ter sido “estressante” para quem realizava os testes.
A Honda opera de maneira diferente e, como resultado, caiu de desempenho. Em entrevista ao Motorsport, Espargaró disse que percebeu que a Honda não tinha o que a KTM fez nos últimos anos.
“Quando deixei a KTM, estava sobrecarregado, especialmente os primeiros três anos, que foram loucos. Estávamos testando em algumas corridas até dois chassis em um fim de semana. Então, o nível de risco que estávamos aceitando era insano. Mas também o nível de pressão e o estresse do fim de semana, sabendo que vamos tentar algo novo e não ter respostas, foi estressante”, disse o piloto espanhol, que seguiu.
“Depois mudei para a Honda e percebi que testar muitas coisas faz você permanecer vivo na pista. Quando tudo fica mais lento e você não tem bons resultados, você percebe o quanto sente falta de testar as coisas. Isso mantém você com fogo.”
Espargaró voltou após grave acidente
Espargaró passou as primeiras nove rodadas da temporada 2023 afastado devido a lesões graves causadas por um acidente no GP de Portugal.
De volta já no GP da Inglaterra, o piloto somou oito pontos e conseguiu como melhor resultado o sexto lugar na corrida sprint do GP da Áustria. Espargaró assinou um contrato de dois anos para volta à KTM, mas seu futuro permanece incerto enquanto o fabricante austríaco procura um lugar para o líder da Moto2, Pedro Acosta.
Os dois pilotos podem se enfrentar nas últimas corridas para decidir quem permanece na equipe, com Augusto Fernandez também contratado para 2024. Espargaró afirmou repetidamente que está seguro e não está preocupado com a situação atual.