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Ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone se declara culpado de fraude de R$ 2 bilhões 

Bernie Ecclestone foi condenado a 17 meses de prisão e ao pagamento de cerca de R$ 4 bilhões em compensação a 18 anos de impostos

Bernie Ecclestone, Fórmula 1

Twitter/Fórmula 1

Bernie Ecclestone, ex-chefe da Fórmula 1, admitiu ter cometido fraude fiscal em um caso envolvendo um contrato fiduciário em Singapura. Os ativos sob gestão são de  £400 milhões, ou cerca de R$ 2,4 bilhões na cotação atual). O magnata de 92 anos confessou a  sonegação de impostos à Corte da Coroa de Southwark, no Reino Unido, nesta quinta-feira (12).

Tratada como formalidade legal, a confissão de culpa de Ecclestone evita o julgamento público que já estava marcado para novembro. O ex-chefão da F1, contudo, foi condenado a 17 meses de prisão e ao pagamento de £652,6 milhões (cerca de R$ 4 bilhões). Essa condenação é em compensação a 18 anos de impostos. Devido a idade avançada, entretanto, ele não será detido.

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Em 2022, diante do Tribunal de Magistrados de Westminster, Ecclestone se declarou inocente das acusações. Na ocasião, alegou não ser “o colono ou o beneficiário de qualquer outro fundo”. A advogada do magnata, Christine Montgomery, afirmou que ele se arrepende do fato.

“A intenção do Sr. Ecclestone não era evitar o pagamento de impostos. Ele sempre esteve disposto a pagar os impostos devidos. Sua resposta foi um lapso impulsivo de julgamento, ele agora está com saúde frágil e o processo está causando “imenso estresse para ele e para aqueles que o amam”, disse Montgomery.

“O Sr. Ecclestone não foi totalmente claro sobre como a propriedade das contas em questão foi estruturada. O Sr. Ecclestone reconhece que foi errado responder às perguntas que ele fez porque corria o risco de que o HMRC não continuasse a investigar seu negócios. Ele [Ecclestone] agora aceita que alguns impostos sejam devidos em relação a esses assuntos”, disse o promotor do caso, Richard Wright.

Ao proferir a sentença para Ecclestone, o juíz Simon Bryan destacou a gravidade do caso.  “A infração é tão grave que nem uma multa nem uma ordem comunitária seriam apropriadas (…) Reconhece-se, com razão, que o limite de custódia foi ultrapassado”. Contudo, a decisão final levou em consideração a saúde de Ecclestone, a idade avançada e o fato dele ser um réu primário.

Escrito por Danielle Barbosa

Jornalista.

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