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Matheus Roque e Giuliano Bertuccelli: a estreia na Porsche Endurance Challenge

Pilotos fazem parte da Sprint Trophy, uma nova categoria da Porsche Cup para novatos

Foto: Rafael Gagliano

Matheus Roque e Giuliano Bertuccelli são dois pilotos que estão competindo na Sprint Trophy, uma categoria criada esse ano pela Porsche Cup Brasil, onde os competidores usam os carros da geração 991.1 e recebem orientação de um coach de pilotagem oferecido pela categoria. O objetivo principal é fazer com que esses pilotos possam adquirir experiência para prosseguirem com as suas carreiras dentro das classes Challenge e Carrera.

Pensando nisso, na temporada inaugural os novatos têm a oportunidade de participar da prova de Endurance ao lado de pilotos que já possuem mais experiência dentro da Porsche Cup.

Neste final de semana será em Interlagos a primeira prova da Endurance Challenge de 2023 e em meio a tantos nomes de peso, os novatos da Sprint Trophy ganham espaço.

Giuliano Bertuccelli falou sobre a diferença de correr na Challenge e de como o carro é muito mais forte do que o que eles usam na Trophy. O piloto divide o carro 44 com o piloto Pietro Rimbano.

“Além do ABS, o carro da Challenge é mais forte, o que usamos na Trophy é muito mais fácil de guiar. Além do freio, tem bastante motor. Apesar da dificuldade, está sendo um final de semana de muita aprendizagem”, comentou.

Giuliano também falou sobre a questão de subir de classe no próximo ano, mas que ainda não sabe como as regras da Porsche Cup vão funcionar em relação a isso.

“Não sabemos ainda se terá uma regra no final da temporada, que não permite que quem correu na Trophy esse ano, não possa subir de classe ano que vem. Mas é uma categoria escola, que serve para nos preparar para correr nas outras categorias”, disse.

Matheus Roque conquistou a pole da Sprint Trophy e destacou a alegria de poder estar participando da Challenge, ao mesmo tempo que traz visibilidade para o seu trabalho.

“A Trophy já era um sonho realizado e poder estar correndo ao lado de tanta gente experiente está sendo maravilhoso. É um carro diferente, mas temos mais tempo de pista. Além disso, posso usar o alcance do automobilismo para divulgar sobre uma doença silenciosa que é a infertilidade, que é com o que eu trabalho e eu quero trazer informações sobre isso”, contou.

Roque também falou sobre a diferença entre os carros da Trophy e da Challenge. Para ele, o principal desafio está sendo lidar com o torque.

“A potência é muito diferente, é necessário tomar cuidado com a maneira em como você acelera, se você pisar fundo é muito mais arisco. Porém, ao mesmo tempo, andar nele me dá muita confiança para acelerar, porque eu sei que o carro vai aguentar”, explicou.

A parceria com Paulo Totaro também foi destacada como o ponto alto para Matheus. Os dois constantemente são vistos conversando e dando risada. Inclusive, assim que Matheus saiu do carro após completar as suas voltas, Paulo correu para receber o companheiro de equipe com um abraço.

“A gente se conheceu em uma situação muito ruim em fevereiro do ano passado quando ele sofreu um acidente grave aqui. Eu ajudei no atendimento dele, fui para o hospital com ele. E na verdade, a gente estar junto correndo aqui foi uma situação totalmente inusitada e que me trouxe uma grande amizade”, disse.

Em relação ao futuro, Matheus ainda não sabe se no próximo ano seguirá na Trophy, ou se terá a chance de ir para a Carrera, mas enfatiza que o seu objetivo é subir de classe.

“A Trophy é novidade, não sabemos ainda como vai ser, mas meu maior sonho é poder correr a temporada inteira da Sprint no próximo ano. Vou torcer para que dê certo”, finalizou.

Escrito por Sonia Cury

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