O brasileiro Lucas Moraes terminou esta terça-feira (16) na terceira posição da classificação acumulada após os nove primeiros dias do Rally Dakar, que vem sendo disputado na Arábia Saudita e se encerra na próxima sexta-feira. O piloto, que conta com a navegação do espanhol Armand Monleón no Toyota GR DKR Hilux, vive a dupla missão de defender a colocação e também tentar chegar nas duas duplas que ocupam as colocações à frente: os espanhóis Carlos Sainz/Lucas Cruz (Audi RS Q e-tron E2), que são os líderes do resultado acumulado, e os segundos colocados Sebastian Loeb (França)/Fabian Lurquin (Bélgica), que conduzem um Prodrive Hunter.
Nesta terça-feira, após um início muito forte, no qual chegaram a liderar, Moraes e Monleón terminaram os 417km da especial entre Hail e Al Ula no oitavo lugar. Com isso, perderam um minuto dos 29 que tinham de vantagem sobre o Toyota Hilux Overdrive da dupla Guillaume de Mevius (Bélgica)/Xavier Panseri (França), que vem na quarta colocação e também luta para garantir um pódio. Até o momento, em nove dias, o Dakar já competiu em 3.666km de especiais – trechos cronometrados, válidos para a classificação da corrida –, faltando ainda 1.026km nos três dias de prova restantes. O total é de 4.692km.
“A gente vinha num ritmo bom, mas no final nos perdemos e desperdiçamos muito tempo, uns seis minutos, até achar a trilha novamente. Não sabemos qual foi nosso erro – vamos tentar identificar na reunião geral que fazemos no final do dia com a equipe. A gente vinha realmente muito bem, andando entre os três primeiros. Mas, faz parte. Estamos felizes com nossa posição no acumulado. Vamos fazer de tudo para segurar esse bom resultado”, disse Lucas Moraes.
Dos cinco primeiros colocados, apenas Moraes/Monleón e De Mevius/Panseri ainda não venceram o Dakar. Lucas, de seu lado, chamou a atenção do mundo do automobilismo ao estrear na famosa corrida no ano passado, já conquistando um pódio – o primeiro de um piloto brasileiro na classificação geral da principal categoria, a Carros. No dia 8 de janeiro, na semana passada, o piloto de 33 anos novamente quebrou um tabu para o Brasil: tornou-se o primeiro a vencer uma especial, feito extremamente difícil, por equivaler a uma corrida de centenas de quilômetros.