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A Stock tem Datena: “Conquistei meu espaço”

Jornalista conta um pouco dos bastidores de seu trabalho na categoria de turismo

Um convite inesperado, durante a pandemia, trouxe Letícia, em 2020, de volta ao Brasil. Seu trabalho é ajudar na área de comunicação da Stock Car.

Reprodução/Instagram

Ela tem o jornalismo e apresentação no sangue por parte de mãe, pai e irmãos. Mas outra coisa que corre em suas veias é a adrenalina da Stock Car.

Estamos falando de Letícia Datena, voz e rosto dos bastidores de uma das principais categorias de turismo do mundo.

Entretanto, ela é muito mais que isso, dentro desse ambiente.
Entre uma visita a Manhattan ou Soho, em Nova York, onde esteve para compromissos profissionais, a jornalista atendeu, gentilmente, ao site.

Confira a entrevista exclusiva e na íntegra.

Nas Pistas:  Mesmo já estabelecida no meio, ainda sente machismo no automobilismo? Como lida com isso?

Letícia Datena: No meu dia a dia de trabalho, comigo, não sinto isso (machismo). Conquistei meu espaço e sou respeitada pelos colegas jornalistas. Mas no paddock e na pista, ainda temos poucas mulheres. Nesse sentido, vejo uma curiosidade exacerbada do público: “Ela pilota bem?” “O trabalho dela é bom?”. Esse tipo de questionamento, inexiste se for um homem nas mesmas situações.

 NP – Como surgiu o convite para trabalhar na Stock Car?

Letícia: O convite para trabalhar na categoria veio através do Fernando Julianelli, CEO da Vicar (promotora do campeonato). Estava em Londres e trabalhando no Mundial de Rally, quando começou a pandemia, aí voltei ao Brasil, em 2020. No final daquela temporada, ele me chamou para fazer uma experiência na última etapa. Deu certo e estou como apresentadora até hoje.

NP – Como define seu trabalho nos bastidores da categoria?

Letícia: A função de apresentadora é só a ponta do iceberg. Me envolvo em toda parte de jornalismo e marketing. Discuto as pautas, especialmente, as que envolvem o ESG. Sou muito ligada nessa questão e fui a responsável pela adoção dessa política na Stock Car. Com tudo isso, trabalho de duas a três vezes por semana no escritório da Vicar. Não tem jeito: automobilismo é uma paixão.

NP –  O quanto é importante a entrada da Stock na Argentina?

Letícia: Não é a primeira vez que vamos para lá. O povo argentino é apaixonado por automobilismo  e temos um piloto regular no grid que é o Matías Rossi, fora algumas participações de outros dois na vaga rotativa. É importante essa internacionalização pelo tamanho do campeonato.

NP – Gostaria que Ribeirão Preto voltasse ao calendário?

Letícia: Claro que sim. Não sou dessa época, mas as pessoas que já estavam na organização me falam que era muito legal. Seria a categoria do meu coração na minha cidade natal.

NP –  Qual a sua opinião sobre a atual temporada? Tem algum piloto favorito ao título?

Letícia: Estamos no começo. A Stock Car é uma das categorias mais competitivas do mundo. Dos 31 carros, 30 ficam no mesmo segundo. É muito disputado.

NP:  Qual a sua opinião sobre o autódromo do Rio de Janeiro, instalado no Aeroporto Internacional do Galeão?

Letícia: O GP foi um desafio para todos os envolvidos, porque, pela primeira vez, se montou um circuito em um aeroporto funcionando no Brasil. Foi sucesso e mostrou a capacidade da organização em montar uma estrutura temporária de nível internacional.

Escrito por Carlos Lemes

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