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Um fim de semana de luta e resiliência, com slicks na chuva

Amigos do Nas Pistas, foi um fim de semana de Glória, onde Dudu, Fefo e eu, juntos, pudemos vivenciar muitas coisas boas. Tudo bem, os problemas aconteceram, mas de uma forma para nos ensinar. O Fefo foi a prova viva dessa resiliência. A gente tem que falar até como uma oportunidade, não é? Ele veio para o box porque o sensor do pedal do acelerador tinha parado de funcionar. 

E aí a pista estava secando, mas só ele poderia falar o quando que ela estava seca. E ele tinha que largar do box, muito atrás. Então, quando ele foi liberado para sair, ele já tinha um déficit de uns 10 segundos. E ele me perguntou se valia a pena largar de slicks. Falei pra ele que não sabia, mas que a experiência iria ensinar muito. Tanto é que a mãe dele olhou para mim e perguntou: “isso é doido?”. Sim, eu temo pelo meu filho, pelo perigo, pelas situações que podem acontecer com pneu slick na chuva. Mas é só assim que eu aprendi a poder um dia na Fórmula 1 ficar com pneu slick na chuva, sabe? Mostrando que é isso que ele gosta, que é isso que ele ama. 

O aprendizado é assim, está sempre na nossa frente, né? Então, aconteceu que acabou chovendo mais e ele teve que parar no box para botar o pneu de chuva. Mas acredito que esse aprendizado deve ter somado demais na carreira dele.

Já o Dudu é teve um fim de semana em que ele passou para o Q2 pela primeira vez. E eu assisti ali de perto porque eu larguei cinco posições atrás, mas na corrida a gente estava a umas duas ou três posições de diferença. E eu o via fazendo ultrapassagens e não sabia se batia palmas ou se falava pra ele ir com cuidado… e eu tentando fazer o mesmo, não é? 

E a minha corrida foi assim também, cheia de luta, consegui a décima colocação na primeira corrida na linha de chegada e então foi uma busca constante. Foi um fim de semana que eu poderia falar como resiliente de muita busca, muito aprendizado e muito agradecimento. 

Escrito por Rubens Barrichello

Rubens Barrichello tem seu nome marcado na história do automobilismo brasileiro. Foi vencedor no kart, na Fórmula Opel Euroseries, na Fórmula 3, o Campeonato Britânico de Fórmula Três, e na Stock Car.

Em 1993, Barrichello estreou na Fórmula 1 com a equipe Jordan, mas foi com a Ferrari que ele realmente brilhou. De 2000 a 2005, foi companheiro de equipe do lendário Michael Schumacher, contribuindo significativamente para o domínio da equipe naquela época.

Ao longo de sua carreira na Fórmula 1, que durou de 1993 a 2011, Barrichello alcançou vários pódios e quebrou vários recordes. Ele detém o recorde de maior número de largadas na história da Fórmula 1, com 322 inscrições em Grandes Prêmios.

Depois de deixar a Fórmula 1, Barrichello continuou a competir em várias séries de corridas, incluindo o campeonato Stock Car Brasil em seu país natal, o Brasil. Além das corridas, ele é conhecido por seu trabalho filantrópico e pela defesa da segurança no trânsito.

O legado de Rubens Barrichello no automobilismo é caracterizado por sua longevidade, profissionalismo e paixão duradoura pelas corridas.

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