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Ferrari busca soluções no WEC após falta de ritmo nos treinos do Bahrein

Segundo James Calado, equipe italiana está “coçando a cabeça” para resolver problemas de ritmo

Ferrari 499P

Divulgação/Ferrari

A Ferrari, que venceu as 24 Horas de Le Mans com Antonio Giovinazzi e Alessandro Pier Guidi, admitiu que o hipercarro 499P carece de ritmo. Curiosamente, a afirmação veio após nenhum dos seus carros ter feito um desempenho nas duas primeiras sessões de treino livre no Bahrein pelo WEC.

Agora, segundo James Calado, um dos pilotos da equipe, os italianos estão procurando soluções para tornar o carro mais competitivo.

“Muito ruim, sem ritmo algum. Estamos coçando um pouco a cabeça: o carro realmente é muito bom de dirigir, parece normal. Mas é que estamos a dois ou três segundos de atraso. Só podemos realmente comparar com a última corrida [em Fuji, em setembro], e estamos praticamente errados em todas as áreas”, falou Calado antes da última sessão de treinos livres na sexta-feira, antes das 8 Horas do Bahrein.

Por outro lado, Ferdinando Cannizzo, diretor técnico de carros esportivos da Ferrari, foi um pouco mais diplomático. Contudo, ele também admitiu que a fabricante italiana tem um “desafio muito grande” pela frente.

Problema da Ferrari não é algo inesperado

O melhor carro da Ferrari ficou a mais de três segundos atrás dos carros da Toyota na tabela de tempos do TL2. Assim, os dois carros ocuparam a 10ª e 11ª posição, somente à frente da Vanwall Vandervell 680.

No entanto, tudo indica que os italianos já esperavam o problema de falta de ritmo. O motivo disso é que a equipe teria feito um teste privado com o 499P em outubro, constatando a dificuldade.

“A realidade é que depois do teste viemos aqui percebendo que seria difícil. Estava cerca de 10ºC mais quente, por isso esperávamos que as temperaturas mais baixas ajudassem, mas a realidade é que é igual ao teste”, comentou Calado.

Já Cannizzo sugeriu que existe esperança para a corrida, já que o 499P parece estar economizando os pneus na dura superfície do Circuito Internacional do Bahrein.

“Devo dizer que no gerenciamento dos pneus tudo parece perfeito: o aquecimento é brilhante, a degradação é mais do que boa, acho que somos os melhores do grid em termos de degradação. Ontem estávamos muito felizes no TL2, a sessão da qual obtivemos mais dados”, comentou Cannizzo.

Além disso, ele também explicou que a maior parte do déficit da Ferrari é o resultado de uma má tração e velocidade em linha reta.

“Em termos de aderência não somos tão ruins; pista e velocidade [máxima] é onde mais nos falta. Aqui são três retas principais [longas], o que torna muito difícil para nós lutarmos”, finalizou o diretor.

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