A rivalidade entre Ayrton Senna e Alain Prost foi uma das maiores na história da Fórmula 1. Companheiros de time na McLaren nas temporadas de 1988 e 1989, os dois travaram uma “guerra fria” e estiveram próximos de repetir a dupla anos mais tarde na Williams, mas o francês declinou.
Em entrevista recente, Alain Prost revelou uma conversa de bastidores com Frank Williams, que o pressionou para que o piloto brasileiro voltasse a fazer dupla com ele. Resistente, o rival de Senna colocou a situação como ponto determinante para uma eventual rescisão contratual.
“Eles me perguntaram sobre a possibilidade ter o Ayrton Senna no carro no ano que vem. Eu disse: ‘Frank, você sabe a primeira coisa que eu quando assinei o contrato deixei claro que não me importo com o dinheiro ou outra coisa, eu não quero ser o piloto número um, nunca fui o número um em nenhuma equipe. Mas a única coisa que quero é não querer ter Ayrton na minha equipe”, iniciou Alain Prost.
‘”Eu quero brigar com ele na pista, não tem problema, mas eu não eu quero ter ele mesmo time’. Aí colocaram isso no contrato e ele vem e me pergunta isso? ‘Eu não estou muito feliz que você pediu isso. Porque você sabe da conversa que tivemos alguns meses atrás’. E ele foi embora. Então, tivemos outra conversa com a Renault semanas depois.
“Eu não estava feliz em 93. Porque sempre que eu vencia era por conta do carro, e sempre que ele vencia era por causa do seu talento. As pessoas não sabem que eu guiei o carro dele depois que eu aposentei com o motor Peugeot, mas com o mesmo chassi, isso foi excepcional. Era um carro inacreditável.
ALAIN PROST E O ADEUS A SENNA
Definitivamente aposentado em 1993, Alain Prost trabalhou como comentarista de televisão na temporada seguinte, e estava na cobertura do fatídico GP de Ímola, em 1994, quando Ayrton Senna colidiu forte contra o muro, e veio a falecer.
Em pronunciamento feito há alguns anos, o francês revelou o duro golpe de ter que lidar com a perda do principal adversário nas pistas. “Sua morte foi o final da minha história com a Fórmula 1”, pontuou Alain Prost.