Rafael Pimenta Vieira
O Grande Prêmio da Áustria no último domingo teve um roteiro que tem se tornado cada vez mais comum na Fórmula 1. Assim, Max Verstappen ganhou novamente, dando continuidade à invencibilidade da Red Bull em 2023. Além disso, a equipe está bem perto de igualar ao recorde de todos os tempos de mais vitórias consecutivas na história da Fórmula 1 (11).
Para se ter ideia, os atuais campeões de construtores venceram 19 das 20 corridas anteriores. Inclusive, o último fim de semana marcou um ano desde que um piloto da Ferrari conseguiu terminar uma prova no lugar mais alto do pódio. No entanto, Carlos Sainz acredita que a equipe italiana está se recuperando dos problemas que sofreu recentemente. O piloto espanhol também destacou que todas as equipes estão atrás da Red Bull neste ciclo particular de regulamentos técnicos.
“Tem sido um longo ano com certeza. E acho que desde a Áustria no ano passado até agora, tem sido difícil. Tivemos uma pequena queda na forma no final do ano passado no ritmo de corrida. Então carregamos esse, digamos, momento difícil para este ano e estamos exatamente no ponto de virada. Ou tentando mudar as coisas para tornar o carro competitivo novamente e tentar vencer de novo”, comentou o piloto da Ferrari.
“Não vai ser fácil porque tem outro time chamado Red Bull que matou todo mundo, matou a concorrência de certa forma, não? E não somos os únicos que sofrem com isso. Há equipes também, como a Mercedes, que sofreram com seu bom trabalho. Agora cabe a nós reverter isso e tentar o nosso melhor para vencer novamente”, concluiu o piloto espanhol.
Ferrari parece ser o adversário mais próximo da Red Bull
Na Áustria, a Ferrari introduziu um extenso pacote de atualização que fizeram com que a equipe italiana se estabelecesse como o rival mais próximo da Red Bull. Assim, Leclerc liderou a corrida por 10 voltas. No entanto, Verstappen conseguiu recuperar a posição e abrir uma vantagem de 24 segundos antes de parar para buscar a volta mais rápida.
Assim, Sainz afirmou que seria irreal esperar que a equipe italiana alcançasse a Red Bull com uma única atualização.
“Há uma grande diferença entre a Red Bull e nós. Pensar que vamos reduzir a diferença com uma atualização, acho que seria ingênuo e não realista. A atualização vai ajudar nossas fraquezas e, com sorte, nos aproximar? Sim. Mas, ao mesmo tempo, se a Red Bull trouxer uma atualização para a Áustria, ou em breve, isso também significa que sua atualização é menor. Então, tudo é relativo na F1″, afirmou o piloto de 28 anos.
“Espero que esta atualização esteja abrindo, um pouco como vimos em Barcelona, um pouco como uma janela de desenvolvimento e novas oportunidades e novas formas de configurar o carro que nos ajudem a seguir na direção certa. Mas acho que seria um pouco otimista, digamos, pensar que de repente estaríamos no mesmo nível da Red Bull, com o quão competitivos eles são”, finalizou o espanhol.
Apesar do bom desempenho de Leclerc, Sainz não foi tão bem no último fim de semana, terminando em sexto lugar. O espanhol até ficou em terceiro na corrida sprint do sábado. No entanto, ainda está buscando um pódio no domingo e admite que está começando a ficar “frustrado”.
“São algumas corridas em que tive muito ritmo no carro, muito ritmo de corrida. E sim, eu gostaria de poder maximizar um pouco mais. Estou muito rápido este ano, especialmente na corrida sinto que dei um grande passo em frente, se olhar para o meu ritmo ontem e hoje. P4 eu acho que não é ruim, mas hoje P2 ou P3 estava nas cartas”, disse Carlos Sainz.
