Carlos Lemes
Galvão Bueno ficou marcado por ser a voz da F1, no Brasil, mas Cleber Machado também tem seu espaço nas transmissões da categoria.
Machado fez narrações no mundial de 1990, na África do Sul, até 2020, no GP da Turquia. A partir de 2021, a Band comprou os direitos de transmissão da Globo.
“Acho dificílimo narrar Fórmula 1. Você não vê nunca a reação do piloto, e tem que ser preciso. Mas hoje está mais fácil, você tem um volume muito maior de informações, antes era muito no chutômetro”, opina Cleber em entrevista na live Pari Match Motor no Youtube. A live acontece no canal do jornalista Flavio Gomes e é uma produção da LiveSports.
Neste quesito de “ajustar” a narração, ele lembra de uma bronca do ex-diretor de operações da Globo e, todo poderoso, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
“No GP 500, em 1990, na Australia, Senna venceu e vibrei muito, mas no Brasil era de madrugada. Depois recebi um memorando do Boni dizendo que vibração era diferente de gritaria”, relembra na mesma entrevista.
Primeira cobertura “caiu no colo”
A primeira vez em que Cleber narrou um GP foi porque Galvão estava às voltas com a estreia do Brasil, na Copa do Mundo, de 1990, na Itália.
“Caiu no meu colo numa necessidade. O GP do Canadá caiu na tarde da estreia do Brasil na Copa. A gente estava no Rio. Primeiro teve Estados Unidos e Tchecoslovaquia, eu narrei o GP, com entradas ao vivo do Galvão direto da Copa em Turim”, e depois, passamos para o jogo do Brasil”, finaliza.
Vale lembrar que naquela prova, realizada em Montreal, Ayrton Senna venceu pela McLaren com Nelson Piquet, na Benetton, em segundo lugar.
