A Ferrari foi mais uma equipe a apresentar a sua pintura visando a temporada 2024 da Fórmula 1. O modelo SF-24 será guiado por Charles Leclerc e Carlos Sainz no campeonato que começará a partir do GP do Bahrein no dia 2 de março.
Mas o cenário da imprensa especializada é de pessimismo com a Ferrari. De acordo com o comentarista Gary Anderson em sua coluna no site The Race, a asa frontal do carro precisava de modificações.
“Não parece haver grandes mudanças nesta área tão crítica que, em geral, é um pouco preocupante”, escreveu o experiente projetista britânico de 72 anos, com larga experiência na Fórmula 1 em equipes como Brabham, McLaren, Jordan e Stewart.
“Ferrari não tem confiança nos pilotos”
Com a confirmação de Lewis Hamilton na Ferrari para o ano que vem, Anderson reforçou a falta de apoio aos automobilistas da Scuderia. “Não tem plena confiança em seus atuais pilotos”, ressaltou, complementando que Leclerc ‘não é mais o garoto de ouro’.
Sobre a suspensão dianteira do SF-24, Gary Anderson também não se entusiasmou. “No geral não há nada inovador”, decretou. “Se esse centro de pressão avançar com a mudança de inclinação durante a frenagem e combinar com a transferência de peso durante a frenagem, o carro ficará muito nervoso durante a frenagem e muito subviragem quando você aplicar o travamento da direção”, esclareceu.
Nos sidepods, Gary Anderson explicou que a Ferrari incorporou a entrada do radiador estilo Red Bull. “A Ferrari manteve uma alta porcentagem de abertura frontal, então pode ser que o motor precise de mais refrigeração ou que a Ferrari simplesmente não tenha o mesmo nível de tecnologia de refrigeração que algumas outras equipes”, definiu.
Sobre a suspensão traseira, o comentarista apontou um efeito negativo com os componentes internos movidos para trás. “Esta é uma daquelas decisões que tiveram que ser tomadas meses atrás e agora você tem que conviver com isso”, lamentou.
Por fim, Gary Anderson afirmou que um dos grandes problemas da Ferrari no ano passado foi a velocidade em linha reta. Mas acredita que a equipe de Maranello não trará muitas inovações na tentativa de chegar ao patamar da Red Bull. “Sou fã da Ferrari, mas devo dizer que esperava um pouco mais”, concluiu.