Marco Andrews Felgueiras Maciel
Desde George Russell em Interlagos no ano passado, que a Mercedes não triunfa na Fórmula 1. Aliás, 2023 foi a primeira temporada desde 2011 que a equipe não venceu nenhuma corrida do campeonato. Lewis Hamilton passou em branco pelo segundo ano consecutivo.
Muitos atribuíram os resultados insatisfatórios aos sidepods inseridos pela Mercedes a partir de 2022. Os dispositivos nas laterais do carro servem de equilíbrio no fluxo de ar entre a parte dianteira e traseira do veículo. Entretanto, desde quando a ideia do “zeropod” foi adotada, a escuderia transferiu o domínio na Fórmula 1 para a Red Bull.
Portanto, um visual convencional é prometido pela Mercedes no ano que vem, através do modelo W15 2024. Desde a atualização no GP de Mônaco em maio, o design distinto nas laterais foi abandonado.
“Mercedes demorou para descobrir o caminho”
Mesmo assim, o diretor técnico da Mercedes, James Allison, rechaçou que os problemas da equipe nas duas últimas temporadas sejam responsabilidade dos sidepods. O engenheiro retornou à escuderia no último mês de abril em substituição a Mike Elliott.
“Eu não vejo o mundo da mesma forma que vocês, olhando para um sidepod e decidindo que isso é um conceito. Definitivamente seguimos um caminho com nosso carro e eu diria que foi da ponta do nariz até a parte de trás da cauda, o que não foi competitivo. O aspecto mais perceptível visualmente foram nossos sidepods, é claro. Mas de forma alguma o fator definitivo”, declarou Allison à Sky Sports.
O diretor da Mercedes seguiu minimizando o design lateral diferenciado do veículo. “Os sidepods talvez sejam emblemáticos de uma equipe que demorou muito para descobrir qual caminho seguir. Mas de forma alguma a característica distintiva que selou nosso destino”, analisou o projetista.
