A comunidade da Fórmula 1 conviveu nesta semana com um fato incomum: o cancelamento de um final de semana inteiro de Grande Prêmio por motivos de força maior.
O cancelamento do Grande Prêmio da Emilia Romagna por conta das fortes chuvas que atingem a Itália não é um acontecimento comum na categoria, pois organizadores já realizaram corridas mesmo com fortes chuvas nos últimos anos.
Desta vez, o grande problema que forçou o cancelamento da corrida foi a danificação das estruturas da Fórmula 1, devido ao alagamento no entorno do autódromo em Imola. Além disso, pressões da sociedade após nove mortes pelas chuvas fizeram com que o cancelamento tornasse viável.
Cabe ressaltar que o Grande Prêmio da Emilia Romagna está totalmente fora do calendário da F1 em 2023. O presidente do Clube Automotivo da Itália, Angelo Sticchi Damiani, afirmou ao site TuttoSport que não haverá remarcação da corrida para este ano.
Com este fato incomum, o público ficou curioso para saber quais são os motivos que levam ao cancelamento de corridas na Fórmula 1, algo totalmente incomum para os padrões da categoria.
Fórmula 1: motivos previstos para cancelamento de corridas
O primeiro fato estabelecido no regulamento consiste em crises sanitárias, como por exemplo, durante a pandemia do coronavírus, onde alguns GPs não puderam ser realizados. O GP da China, em Xangai, está fora do calendário desde 2020, devido à manutenção de restrições sanitárias envolvendo a Covid-19 no país chinês. Portugal, Turquia e Alemanha retornaram ao calendário naquela ocasião.
Outro motivo previsto no regulamento para o cancelamento de corridas consiste em conflitos militares ou políticos. Este motivo também foi utilizado em 2022, quando a Fórmula 1 cancelou o GP da Rússia e rescindiu o contrato com os organizadores após o início da invasão russa na Ucrânia. Em 2011, o GP do Bahrein também foi cancelado devido à protestos massivos contra a família real do país.
Esses oficialmente são os dois motivos previstos no regulamento para cancelamento de corridas. Chuvas costumam adiar ou suspender corridas com bandeira vermelha, mas a categoria possui o histórico de insistir em corridas nessas condições.
Por fim, em 2021, a F1 virou alvo de polêmica depois que uma refinaria da Aramco foi atacada a menos de 12km da pista onde estava ocorrendo treinos livres para o GP da Arábia Saudita, em Jeddah. Mesmo assim, a categoria manteve a realização da corrida.