Danielle Barbosa
Nyck de Vries foi demitido da AlphaTauri após o GP da Inglaterra pelo baixo rendimento apresentado até o momento da temporada. E para o ex-piloto Robert Doornbos, a carreira do holandês na Fórmula 1 acabou – ou seja, ele dificilmente terá outra oportunidade na categoria.
Com passagens por Minardi e Red Bull entre 2005 e 2006, o compatriota de De Vries já previa a saída do piloto de 28 anos da AlphaTauri.
“A Fórmula 1 continua sendo a elite do automobilismo. É a maior conquista, mas é ‘comer ou ser comido’. É um esporte duro. Acho que sua carreira no automobilismo não acabou, mas na F1, sim”, disse Doornbos em entrevista ao talk show Renze.
“É uma sacanagem, porque alguém perde seu emprego. Nyck e sua família trabalharam muito para chegar até aqui. A Fórmula 1 é e continua sendo o sonho de infância de todo jovem piloto. No final, a Red Bull é sempre dura nessa decisão. Eles esperavam mais dele com a experiência que ele tem em todas as equipes em que testou”, acrescentou.
Ao lado de Logan Sargeant, da Williams, Nyck de Vries está zerado em pontos na classificação do Mundial de Fórmula 1. O melhor resultado do holandês foi o 12º lugar no GP de Mônaco.
Chefe da AlphaTauri explica demissão de De Vries:
Franz Tost agradeceu Nyck de Vries pelo tempo na AlphaTauri. O chefe da equipe de Faenza destacou que o time irá ganhar mais experiência com Daniel Ricciardo.
“Não há qualquer dúvida quanto a habilidade de pilotagem, e ele já conhece muitos de nós, então a integração será fácil e direta. A equipe também vai ganhar muito com a experiência dele, uma vez que é um piloto de oito vitórias na Fórmula 1. Quero agradecer a Nyck pela contribuição valiosa durante o período em que esteve com a AlphaTauri. Desejo tudo de melhor no futuro”, disse Tost.
Vale lembrar que De Vries foi escolhido pela Alpha para substituir Pierre Gasly, anunciado pela Alpine. O holandês, entretanto, nunca foi a primeira opção para ocupar a vaga. Na época, a equipe deixou claro que queria contar com o americano Colton Herta, piloto da Indy. O acordo não vingou porque Herta não tinha a superlicença exigida pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
