Olá, leitores do Nas Pistas! Eu sou Eduardo Bassani, chefe de equipe da OAKBERRY Bassani F4 e engenheiro na Stock Car. Estamos próximos da terceira etapa do BRB Fórmula 4 Brasil, no Velocitta. Hoje venho falar para vocês sobre o conceito da categoria e nossa vontade de formar pilotos e dar chance para todos se desenvolverem.
Uma peculiaridade da categoria é que temos a telemetria aberta, ou seja, todo mundo tem acesso aos dados dos concorrentes, isso faz com que os pilotos entendam onde estão errando em relação aos mais rápidos.
Além disso os carros são sorteados, não havendo desequilíbrio na competição. Um exemplo disso foi o que aconteceu em Interlagos, Vinicius Tessaro venceu pela terceira vez na temporada e teve seu carro sorteado novamente, como já era previsto.
Um fator que gera desequilíbrio e aumenta o custo da competição é a mão de obra para preparação dos carros, por isso as equipes têm seu quadro de funcionários limitados nas etapas.
Quando fui chamado para ajudar neste projeto da Fórmula 4 Brasil, tínhamos em mente que deveríamos formar novos talentos, por isso optamos por abrir a telemetria, sortear os carros e limitar o tamanho das equipes. Neste momento estamos atingindo este objetivo, a vinda do Carl Bennett na última etapa é reflexo das medidas que tornaram a F4 brasileira cada vez mais justa, equilibrada e formadora de talentos.
Óbvio que como equipe queremos sempre vencer, mas acima de tudo pensamos no desenvolvimento do automobilismo do Brasil. Outra coisa que acredito é que uma categoria de monoposto com qualidade prepara o jovem vem do kart para o mercado nacional e internacional.
Espero que vocês tenham entendido um pouco da missão que tenho como chefe de equipe e formador de pilotos na Fórmula 4 Brasil. Até a próxima!