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FIA rebate declarações de Jean Todt em polêmica

FIA e Todt passaram a entrar em rota de colisão por acusações em torno de déficit financeiro na entidade que rege a F1

Mohammed Ben Sulayem, FIA
X.com/ Mohammed Ben Sulayem

A troca de acusações entre o atual presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, e Jean Todt, antecessor do mandatário na função, tem dado o que falar nos bastidores da Fórmula 1. Tudo começou quando Sulayem acusou o ex-chefão da Ferrari de deixar um cenário caótico em termos financeiros na entidade, declarações que foram rebatidas por Todt, e depois devolvidas novamente, desta feita por uma porta-voz da órgão.

Por meio de um intermediário, a FIA se posicionou ao Motorsport.com, reforçando a teoria de bagunça financeira deixada por Todt.

“Como o presidente da FIA descreveu durante a semana anual das assembleias gerais em Baku, a FIA foi transparente ao revelar que logo após a nova eleição presidencial tomou posse, a situação financeira apurada era insatisfatória e insustentável. A federação estava incorrendo em perdas significativas,” disse a entidade responsável por administrar a categoria.

Segundo as contas anuais da FIA, o órgão perdeu cerca de 12,8 milhões de euros no ano de 2019. Já em 2021, este número saltou para 24 milhões de euros. No início de 2022, Mohammed Ben Sulayem foi responsável por assumir a presidência da entidade, conseguindo reduzir o déficit para 7,7 milhões de euros. Neste ano, o cenário de redução foi maior, chegando na casa dos 3 milhões. A projeção da FIA é seguir diminuindo o índice até equipará-lo definitivamente.

Palavra de Jean Todt contra a FIA

Em posicionamento recente, após a denúncia inicial de Ben Sulayem, Jean Todt destacou alguns números do seu mandato na entidade, e disse ter deixado orçamento bem mais expressivo do que quando iniciou a sua trajetória no cargo.

“Quando deixei o comando, deveria ter cerca de €250 milhões — R$ 1,3 bilhão, na cotação atual. Quando cheguei em 2009, mal tínhamos €40 milhões — aproximadamente R$ 214 milhões — mesmo que a FIA tivesse cedido os direitos comerciais da F1 por algumas centenas de milhões anos antes. Não chamo isso de déficit. Quando saí, o orçamento tinha sido triplicado, com novas competições e fontes de renda, como Fórmula E, WEC e WRC”, rebateu Todt.

Escrito por Cido Vieira

Jornalista graduado no Centro Universitário Uninter. Trabalha no Torcedores.com desde 2017, desempenhando a função de redator. Setorista do futebol pernambucano em rádios locais e um verdadeiro apaixonado pelo futebol e o automobilismo

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