Nelson Piquet Jr.
Olá, amigos do Nas Pistas! Aqui quem escreve é Nelson Piquet Jr. É um prazer ter uma coluna em um novo portal para acompanharmos o nosso tão querido automobilismo. E para começar com tudo, vamos falar um pouco sobre o Grande Prêmio de Miami de Fórmula 1, o qual presenciei de perto nas duas temporadas em que a corrida aconteceu.
Senti uma enorme diferença da corrida de 2022 para a deste ano. O primeiro ponto que me chamou muita atenção foi na organização, tanto do evento quanto do staff que nele trabalhou.
Senti que no primeiro ano eles ainda não entendiam a dimensão de uma corrida de Fórmula 1 e do evento em si. Não sabiam passar a informação exata de onde você deveria ir, qual paddock você estava — pois eram vários. Em 2023 a melhora nesse sentido foi gigantesca!
O evento foi muito mais organizado, muito mais público presente na corrida e até o clima colaborou com o GP, neste ano a temperatura esteve muito mais agradável que no ano passado.
Cada dia a Fórmula 1 vai se firmando como um dos esportes mais midiáticos do planeta. Na terra do Super Bowl, ter um evento de grande porte como a F1 em um patamar elevado de relevância é muito importante para o nosso esporte.
A estrutura de Paddock para este GP de Miami também ganhou um tremendo upgrade! Muito maior e melhor estruturado que em 2022, até uma praça de alimentação, com diversas opções para você escolher, foi adicionada ao evento. E o melhor? Aberta ao público e ainda por cima de graça!
Eu estou acreditando que a Fórmula 1 possa ser o esporte número 1 do mundo. É muito difícil comparar com alguns outros esportes como o futebol, por exemplo.
Automobilismo e futebol são duas paixões de massa no mundo inteiro, mas com públicos distintos. As corridas de carro e principalmente a Fórmula 1, envolvem muitas pessoas poderosas financeiramente em seus eventos. Convidados, patrocinadores e marcas envolvidas são de altíssimo nível.
Se a Fórmula 1 continuar nessa guinada positiva que vem tendo nos últimos anos sobre gestão da Liberty Media, temos chances de ver a modalidade no topo do coliseu esportivo mundial em poucos anos, principalmente se formos pensar em impacto de evento dentro de um mesmo fim de semana.
Este ano teremos três corridas em solo norte-americano. Miami, Las Vegas e em COTA, no Texas. É uma divisão em três do público americano da categoria. Dois desses três eventos tem um potencial gigantesco de bombarem. Miami, como já aconteceu neste ano e a inédita corrida de Las Vegas. COTA vem crescendo nos últimos anos, mas a corrida no autódromo não tem o mesmo charme de uma corrida de rua como as outras duas.
Neste ano estive em um esquema confortável para a corrida, entrando com escolta de batedores nas dependências do autódromo, parando na porta do evento. De todos os pilotos que conversei, todos estavam felizes e confortáveis com a prova.
Para mim, a única coisa que poderia ser melhor no GP de Miami é a distância do Hard Rock Stadium para o centro da cidade. É Miami, mas não exatamente dentro da cidade. Se o evento fosse em Downtown ou Midtown, que são áreas bem mais próximas de Miami, o evento seria praticamente perfeito. Mas, acho que isso implicaria em parar ainda mais a cidade para isso.
