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Há 42 anos nascia Markus Winkelhock, piloto que se tornou um líder ‘improvável’ em sua única participação na Fórmula 1

Com uma estratégia ousada, alemão manteve o domínio de uma prova com o pior carro do grid

Reprodução / Instagram: Markus Winkelhock

Nascido em um distante 13 de junho de 1980, Markus Winkelhock entrou para a história da Fórmula 1 ao liderar uma corrida em sua única participação. O episódio aconteceu em 2007, quando o alemão disputou o Grande Prêmio da Europa, realizado no circuito de Nurburgring.

Herdeiro de uma família tradicional no mundo da velocidade, Markus é filho do falecido Manfred Winkelhock, que esteve na Fórmula 1 durante a primeira metade da década de 1980, e sobrinho de Joachim, ex-piloto da AGS em 1989.

O primeiro contato do alemão com a Fórmula 1 aconteceu no ano de 2005, quando Markus foi contratado para ser piloto de testes da Midland, ex-Jordan. Winkelhock permaneceu no time, que entrou em decadência sob o nome de Spyker, em 2007.

Markus teve a sua primeira e única oportunidade ao substituir Christijan Albers, que acabou demitido devido ao fraco desempenho e ao seu patrocinador que não repassou os valores acertados para a equipe. Desta forma, o alemão conquistou o segundo cockpit da Spyker, sendo escalado para ser companheiro de Adrian Sutil no GP da Europa.

Liderança de Winkelhock na Spyker

Markus Winkelhock não contava com um patrocinador de peso e este fator foi decisivo para a sua permanência como titular no time. As duas Spykers ficaram com a última fila na classificação, sendo Markus 1s4 mais lento do que o companheiro Sutil.

As adversidades do sábado foram superadas com as condições climáticas no domingo. Os pilotos fizeram a volta de apresentação com pneus para pista seca, porém sob ameaça de forte chuva devido as nuvens carregadas no céu. Neste cenário, o alemão foi aos boxes para colocar pneus de chuva. A tática arriscada surtiu efeito, um temporal caiu sobre Nurburgring na primeira volta e Winkelhock era o único piloto com aderência na pista.

Sem estabilidade, Kimi Raikkonen liderava a prova quando perdeu o controle do seu carro na entrada dos boxes devido a uma aquaplanagem. Outros pilotos conseguiram colocar compostos intermediários, que também não eram adequados para as condições da pista.

Com grande vantagem, Markus Winkelhock iniciou uma corrida de recuperação. O alemão assumiu a ponta ao ultrapassar Kimi Raikkonen e abriu uma vantagem de 36 segundos a bordo do pior carro do grid.

Bandeira vermelha

Enquanto a Spyker do líder seguia com maior estabilidade, muitos pilotos perdiam aderência devido aos compostos intermediários. Em meio ao caos, a direção de prova optou por aplicar a bandeira vermelha.

Aos poucos a tempestade cedeu espaço ao sol, o que trouxe uma melhora gradativa para a pista de Nurburgring. Desta forma, os pilotos retornaram para uma relargada, que foi feita atrás de um safety-car. O cenário não era positivo para a Spyker, que voltou a ser o pior carro do pelotão.

A liderança de Winkelhock trouxe um sentimento de esperança para a equipe, que se utilizou de um percentual de chuva da meteorologia para fazer uma nova parada. Markus colocou pneus de chuva e a tempestade que era esperada pela Spyker não veio. O piloto perdeu 16 posições em duas voltas e abandonou a prova devido a problemas hidráulicos no giro de número 14.

Esta foi a primeira e única participação de Winkelhock na Fórmula 1. O piloto entregou o seu lugar para o japonês  Sakon Yamamoto, que assumiu o segundo posto da Spyker nas últimas provas da temporada 2007.

Bruno Bravo Duarte

Escrito por Bruno Bravo Duarte

Jornalista com atuação nos portais Naspistas.com e Torcedores.com. Teve passagens por Euqueroinvestir.com, Jornal Povo, Niterói TV, Jornal A Orla e Jornal do Rock. Apaixonado por automobilismo, tifosi de carteirinha e Youtuber nas horas vagas.

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