Aos 38 anos de idade, Lewis Hamilton renovou seu contrato com a Mercedes por mais dois anos. Ou seja, o piloto britânico seguirá competindo na Fórmula 1 até os 40 anos. Mas quais são os planos do heptacampeão após esse período? Durante o fim de semana do GP do Catar, Hamilton falou sobre o assunto e também sobre sua aposentadoria.
Hamilton deixou claro que não considera esse novo vínculo com a Mercedes como seu último contrato na Fórmula 1. Vale lembrar, por exemplo, que Fernando Alonso segue competindo em alto nível aos 42 anos. Hamilton, entretanto, rechaçou a possibilidade de se aventurar por outras categorias, como o próprio espanhol fez ao correr na IndyCar.
“Não sinto vontade de participar de outras competições depois da F1. Adoro assistir corridas como Le Mans, parece incrível. Adoro Moto, sempre adorei o MotoGP. Acho que vou andar de moto, mas não de forma competitiva. Tenho muitas outras coisas para fazer, acho que não farei mais competições, pelo menos não como profissional. Vou continuar saltando de paraquedas e surfando”, disse Hamilton em entrevista ao ‘Canal+’.
O heptacampeão lembrou sa infância e se comparou ao personagem ‘Dennis, o Pimentinha’, fazendo referência ao fato de ter sido uma criança ativa e competitiva.
“Você conhece ‘Dennis, o Pimentinha’? Eu era a versão 2.0. Subi em árvores, andei de bicicleta, desci colinas, pulei… Tinha espírito competitivo em tudo que fazia. Eu não diria que tive a infância mais feliz, mas dirigir era o que eu mais amava”, completou.
Hamilton trata aposentadoria como ‘Jornada de descoberta’:
No início do ano, antes de prorrogar seu contrato com a Mercedes, Lewis Hamilton admitiu que já estava conversando com algumas pessoas sobre aposentadoria. Em entrevista ao podcast “On Purpose”, o heptacampeão destacou que terá “algo melhor” quando se deixar de ser um piloto de F1.
Tenho falado com muitas pessoas, que estão na ativa e que se aposentaram, e muitas me dizem que, quando se aposentam, tudo se desmorona, como se não tivessem nada para recorrer e que não descobriram o que fazer em seguida”, disse.
“Eles (pilotos aposentados) enfrentam uma jornada emocional de descoberta e isso leva tempo. Tento aprender com essas coisas, aplicá-las e encontrar outras coisas que me apaixonem. Tenho muitas coisas em andamento e, quando me aposentar, estarei muito agradecido à Fórmula 1, mas terei algo melhor. Converso com outros atletas. Ficamos tão focados em sermos os melhores em uma coisa só que as outras coisas que amamos, como tocar um instrumento ou escrever, desaparecem. Tem muita gente que coloca um rótulo em você e diz: ‘você só pode fazer isso’”, completou Hamilton.