Há dois dias do GP de Miami, o piloto Lewis Hamilton criticou a controversa medida anti-LGBTQIA+, aprovada no final de março pelo estado da Flórida. A chamada lei “Não Diga Gay” proíbe que professores.de escolas públicas ensinem sobre orientação sexual e identidade de gênero.
“Ouvi e li sobre algumas das decisões que foram tomadas no governo aqui e não concordo e não apoio. Eu realmente continuo a apoiar a comunidade LGBTQ e usarei a bandeira arco-íris em meu capacete neste fim de semana. Eu quero continuar a apoiar a comunidade aqui e deixá-los saber que estou com eles e espero que continuem lutando contra isso”, disse.
Ele ainda comparou a situação com a Arábia Saudita. “Não é diferente de quando estávamos na Arábia Saudita. Não é a direção certa e não é a mensagem certa”, afirmou.
Único piloto negro da Fórmula 1, o inglês costuma usar sua visibilidade para dar voz às causas sociais, principalmente quando diz respeito aos direitos humanos, questões raciais e da comunidade LGBTQIA+.
Não é a primeira crítica de Hamilton nos EUA
No ano passado, Hamilton falou sobre a o caso Roe v. Wade. “Adoro estar nos Estados Unidos, mas não posso ignorar o que está acontecendo agora e o que alguns no governo estão tentando fazer com as mulheres que moram aqui”, disse Hamilton na época, antes da decisão da Suprema Corte que encerrou o direito nacional ao aborto legal.
“Todo mundo deveria ter o direito de escolher o que fazer com seu corpo. Não podemos deixar que essa escolha seja tirada”, finalizou. Na mesma oportunidade, ele recebeu Michele Obama, ex-primeira dama dos Estados Unidos, para o treino e a qualificatória do GP.
O GP de Miami acontece neste final de semana, entre os dias 5 e 7 de maio, e é o primeiro das três paradas sem precedentes da F1 nos Estados Unidos nesta temporada. As outras paradas são em Austin (Texas) e Las Vegas.