O ex-piloto e atual comentarista da Sky Sports, Martin Brundle, criticou seriamente a decisão da F1 de eliminar a utilização dos cobertores térmicos para aquecimento de pneus. Para ele, a decisão colocaria os pilotos e fiscais de pista em risco, além de não atingir o objetivo, que seria a sustentabilidade.
Brundle respondeu a um fã no Twitter sobre a alteração na F1. O fã perguntou se a mudança poderia ser perigosa para os envolvidos. O ex-piloto respondeu que não faz sentido proibir os aquecedores de pneus se isso pode custar a segurança da categoria.
Brundle interagiu com um fã no twitter sobre a alteração na F1
O perfil @PjdotcomPaul enviou a seguinte mensagem a Brundle via twitter: “Pelo que sei, a F1 vai parar de aquecer os pneus antes de sair dos boxes em breve. Olhando para o número de incidentes envolvendo pneus frios no WEC, eu me pergunto se isso pode ser perigoso para os envolvidos”.
O ex-piloto respondeu: “Não faz sentido a F1 proibir os aquecedores de pneus. Os carros vão bater, o que vai contra a relação economia de custos + eficiências. Os pilotos e fiscais de pista estão em maior risco. A maneira mais cara e ineficiente de aquecer pneus de corrida durante testes, treinos, qualificação e corrida é usando um carro de F1”.
Como a mudança está sendo recebida pelos pilotos?
A princípio, a proibição estava programada para 2023, mas com a resistência fundamentada de Hamilton e Verstappen, a proibição foi adiada para o próximo ano, dando mais tempo para a Pirelli trabalhar em uma solução segura.
A repercussão maior aconteceu no final de 2022, quando foi implementado uma sessão de testes com a temperatura dos cobertores reduzida de 70 para 50 graus Celsius. Após a sessão, Hamilton, em tom crítico, disse que a proposta não faz sentido, já que os veículos precisam gastar mais combustível para o aquecimento de pneus, o que vai contra o objetivo sustentável. Em fevereiro deste ano, o piloto britânico voltou a criticar a decisão, alegando que seria insegura.