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Mercedes tem indícios sobre os problemas ocorridos com o W15

Carro da Mercedes durante o GP do Japão
Carro da Mercedes durante o GP do Japão (Twitter oficial Mercedes)

O começo da temporada 2024 da Fórmula 1 vem sendo decepcionante para a escuderia Mercedes. Isso porque a equipe conseguiu apenas 34 pontos depois de quatro corridas, sendo a 4ª no ranking de construtores, com uma diferença considerável para a Red Bull Racing, líder com 141, e a Ferrari, vice-líder, com 120.

O desempenho do W15 já gera preocupação neste começo de ano. Apesar de ter deixado uma boa impressão nas simulações, o carro não rende o esperado nas pistas reais, principalmente nas curvas de alta.

Um dos principais pontos está relacionado ao downforce, que motivou até mesmo uma mudança nas configurações de aerodinâmica para o GP do Japão, mas sem um grande ganho.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, foi questionado pela Autosport sobre os problemas com o carro e explicou o que já foi identificado / analisado.

“Estamos medindo o downforce com nossos sensores e guias de pressão, e isso nos disse que tivemos 70 pontos a mais em uma determinada curva em Melbourne do que tínhamos no ano passado.”

“Mas, no tempo de volta, não é sequer 1 quilômetro por hora mais rápido. Não faz sentido. Então, onde está a limitação?”

“Acho que precisamos nos certificar de outros pontos para entender: há alguma limitação que detectamos? Eu digo que sim.”

Problema está na falta do downforce?

A Mercedes chegou a acredita que o problema era a ausência do downforce, mas depois de uma análise mais detalhada, o entendimento é que a situação é mais complexa do que esperado.

“Tudo o que vimos nesses dois anos aponta que deveria haver muito mais downforce do que acreditamos”, disse ele. “E agora que o medimos na pista ele está lá.”

“Mas simplesmente não conseguimos extrair o tempo de volta que deveríamos e que as simulações nos mostram. Não é um problema trivial.”

“Acho que o carro é muito complexo para nós, onde o colocamos em termos de equilíbrio aerodinâmico e equilíbrio mecânico”, disse ele.

“Esses dois precisam se correlacionar e seguimos uma certa trajetória nos últimos anos. Continuamos girando em círculos e chegamos a um ponto de dizer: ‘tudo bem, precisamos fazer algo diferente aqui’”.

Resposta da Mercedes na China?

A escuderia terá pouco tempo para ajustar e encontrar soluções para o W15, já que a próxima corrida será entre os dias 19 e 21 de abril, com o GP da China.

Apesar de termos ainda muita temporada pela frente, a Mercedes precisa dar uma resposta dentro das pistas. George Russel hoje é o 7º colocado, com 24 pontos ganhos, enquanto Lewis Hamilton aparece na 9ª posição, com 10 conquistados.

Flavio Souza

Escrito por Flavio Souza

Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo.

Escrevo sobre esportes a motor desde 2021, falando sobre Fórmula E, Endurance entre outras modalidades, com participações presenciais e virtuais em eventos, entrevistas e competições do automobilismo.

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