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Mike Krack, o criador de times altamente competitivos

Um dos chefes mais badalados da atualidade, o engenheiro chegou à Fórmula 1 em 2001

Mike Krack, chefe de equipe da Aston Martin na Fórmula 1 (Divulgação / X - Aston Martin)

A Aston Martin voltou a compor o grid da Fórmula 1 em 2021, após uma parceria com a Red Bull Racing. A partir daí, era esperado que a nova equipe levasse tempo para consolidar-se e provar que merece o espaço na categoria, mas evoluiu rapidamente. Muito disso, deve-se a um nome em particular: Mike Krack.

O experiente engenheiro de automobilismo recebeu uma difícil missão como chefe de equipe da escuderia britânica no início de 2022 e tornou-se um dos principais responsáveis da rápida evolução da Aston Martin na F1.

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Mas de onde veio Mike Krack?

Diferentemente do que muitos podem pensar, o engenheiro fez sua primeira aparição na Fórmula 1 ainda em 2001. O Naspistas traz então um perfil detalhado com a trajetória de um dos chefes de equipes mais populares da categoria atualmente.

O início da carreira na BMW

Segundo informações presentes em sua página na Wikipédia, Mike Krack, hoje com 52 anos de idade, nasceu em 18 de março de 1972, em Luxemburgo, um pequeno país europeu, rodeado por Bélgica, França e Alemanha, conhecido por sua paisagem rural.

Em julho de 1998, Mike começou assim sua carreira na engenharia automobilística pela BMW, como engenheiro de testes. Não demorou muito para que ele destaque, chamando atenção de membros da F1.

Sauber: a porta de entrada de Mike Krack na F1

Em 2001, ele chega à Sauber, iniciando assim sua jornada pela categoria mais popular do automobilismo mundial. Como engenheiro de análise de dados, o luxemburguês começou então a ganhar influência nos bastidores da equipe.

Trabalho com Felipe Massa

Já em dezembro de 2003, Mike Krack recebeu uma importante tarefa, ao ser promovido a engenheiro de corrida de Felipe Massa, que retornava para o seu segundo ano como piloto titular na F1.

No primeiro ano da parceria entre o piloto brasileiro e o engenheiro luxemburguês, Massa terminou a temporada na 12ª posição do Mundial de Pilotos, alcançando então 12 pontos. Sua melhor apresentação foi um excelente 4º lugar no GP da Bélgica de 2004.

A ascensão como engenheiro e o “até logo” à F1

Eventualmente, quando a escuderia converteu-se em BMW Sauber, Mike Krack chegou à posição de engenheiro chefe, devido à sua influência com ambas as marcas. Assim, pôde trabalhar diretamente com o ainda jovem Sebastian Vettel em sessões de treinos, até sua estreia no Grande Prêmio dos Estados Unidos de 2006.

Krack, porém, deixou a BMW Sauber quando a equipe decidiu focar na temporada de 2009, em vez de lutar pelo título de Robert Kubica no Mundial de Pilotos de 2008. Após isso, Ele acumulou passagens pelas equipes Kolles & Heinz Union e Hitech, ambas na Fórmula 3.

O retorno à BMW e sua passagem pela Porsche

Em outubro de 2010, o luxemburguês retornou à BMW, mas ainda distante dos bastidores da Fórmula 1. Na ocasião, ele foi contratado para ser o engenheiro chefe do departamento da categoria alemã DTM. Ele ficou então na posição até o fim de 2012, quando ingressou na Porsche.

Pela fabricante alemã, Mike Krack recebeu a função de chefe de engenharia de pista no Campeonato Mundial de Resistência, à frente assim do modelo 919 Hybrid, que alcançou uma vitória e quatro pódios.

Fórmula E, IMSA e Gran Turismo

De volta à BMW em 2014, Krack iniciava um período de grande experiência e consolidação por outras populares categorias do automobilismo mundial.

Iniciando como engenheiro de desempenho sênior, o luxemburguês passou por diversas funções nos bastidores da marca, incluindo a supervisão dos programas de Fórmula E, IMSA e Gran Turismo. Em 2018, ele chegou ao cargo de chefe de engenharia, operações e organização de corridas e testes.

Mike Krack chega à Aston Martin

Foi então em 14 de janeiro de 2022 que Mike Krack foi anunciado como chefe de equipe da Aston Martin, retornando assim oficialmente a um cargo importante na Fórmula 1, visando provar a sua capacidade de criar – e agora também liderar – equipes competitivas.

Escolhido para substituir o romeno Otmar Szafnauer, Krack voltaria então a trabalhar com Vettel, agora tetracampeão mundial de F1. Em seu primeiro ano sob o comando do engenheiro luxemburguês, a escuderia alcançou o 7º lugar no Mundial de Construtores, com 55 pontos, mesma posição da temporada anterior.

Mike Krack
Mike Krack (à direita) , chefe da Aston Martin na F1 (Divulgação / Aston Martin)

A proveitosa e surpreendente parceria com Alonso

Para a temporada seguinte, Krack precisava mostrar sinais de evolução com a Aston Martin para realmente comprovar sua capacidade.

Com a aposentadoria de Vettel ao fim de 2022, o novo parceiro do canadense Lance Stroll, questionado filho do dono da equipe, seria nada menos que o experiente bicampeão mundial Fernando Alonso.

O espanhol surpreendeu a todos ao trocar a Alpine pela Aston Martin. Pela nova equipe, porém, ele reencontrou-se pódio, incomodando os principais pilotos do grid e superando quaisquer expectativa. Assim, a Aston Martin chegou a se colocar como a terceira força entre as equipes daquele ano, coroando, de certa forma, o ainda recente trabalho de Mike Krack.

O resultado final foi um espetacular 5º lugar no Mundial de Construtores, com 280 pontos, superando assim as expectativas, mesmo após uma brusca queda de desempenho no retorno da pausa de verão. Já Alonso encerrou a temporada como o 4º melhor entre os pilotos, acumulando todos os oito pódios da equipe ao somar 206 pontos.

Fernando Alonso, Fórmula 1
Alonso reencontrou-se com o pódio na Aston Martin (Reprodução / X – Aston Martin)

Distante do forte desempenho da última temporada, Mike Krack e Fernando Alonso seguem com a parceria pela Aston Martin. No entanto, a equipe deve manter o luxemburguês por bastante tempo no cargo de chefe de equipe, em busca de seguir evoluindo e consolidar-se entre as melhores equipes da Fórmula 1.

Escrito por Mateus Pereira

Colaborador do Naspistas desde 2023, nasci no estado do Rio de Janeiro e alinho minha maior paixão à minha vocação através da produção de conteúdo sobre esportes. Entre as minhas áreas de maior domínio e experiência profissional estão o automobilismo, o futebol e o universo geek.
Certificado como Jornalista Digital e Social Media pela Academia do Jornalista, contribui no passado como Colunista, Editor-chefe e Líder da editoria de Esportes nos portais R7 Lorena e iG In Magazine.

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