Sergio Pérez conhece melhor do que ninguém os desafios de enfrentar Max Verstappen. Além de duelar com o holandês nas pistas, o mexicano também lida com as inevitáveis comparações por ser companheiro de equipe do tricampeão.
Para Pérez, o próprio Verstappen é uma das razões pelas quais a Red Bull nunca conseguiu encontrar um segundo piloto que seja unânime na equipe ou que corresponda consistentemente às expectativas com bons resultados na pista. O problema não está na convivência, mas na excepcional qualidade do holandês.
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“Não é justo falar pelos outros pilotos, mas há razões pelas quais a Red Bull não funciona para todos. Dividir a garagem com Verstappen é extremamente desafiador. Tenho certeza de que teria me destacado mais vezes se fosse outra pessoa ao meu lado. É ótimo ter um companheiro de equipe assim, porque você sabe que precisa ir ao limite e ter finais de semana perfeitos para vencê-lo”, disse Pérez.
“Se você continuar lutando e tiver um companheiro de equipe como Max, que entrega resultados consistentes fim de semana após fim de semana, você acaba em um ciclo vicioso. Você está constantemente revisando a configuração do carro, quando provavelmente não há muito mais a ser ajustado. Você realmente precisa reiniciar e ter uma mentalidade forte, porque às vezes pode ser muito difícil. Na Red Bull, é essencial estar mentalmente forte agora”, acrescentou o mexicano.
Desde a saída de Daniel Ricciardo em 2018, a Red Bull ainda não conseguiu encontrar um segundo piloto que corresponda às expectativas. Em 2019, por exemplo, a equipe de Milton Keynes apostou em Pierre Gasly, mas sem sucesso. O francês disputou apenas 12 corridas antes de ser rebaixado de volta à Toro Rosso na época.
Alexander Albon substituiu Gasly e ficou uma temporada e meia no time austríaco. No entanto, a diferença de desempenho em relação a Max Verstappen pesou na decisão da Red Bull de substituí-lo por Pérez em 2021.