Um incidente chamou a atenção na rodada do último fim de semana da Fórmula 1. Na primeira sessão de treinos do GP de Las Vegas, a Ferrari de Carlos Sainz se chocou com uma tampa de bueiro na pista de rua da cidade norte-americana. As atividades do TL1 tiveram que ser interrompidas depois do ocorrido.
Com os danos causados ao carro, foi necessário o armazenamento extra de energia, o que ocasionaria a punição obrigatória de 10 posições no grid. A penalidade impediu uma dobradinha da Ferrari no GP de Las Vegas, já que Charles Leclerc marcou a pole e Sainz o segundo melhor tempo. Entretanto, o espanhol largou na 12ª posição.
No paddock da Fórmula 1, a punição à Ferrari gerou uma série de reclamações. Afinal, os próprios comissários reconheceram que os danos ao veículo foram causados por problemas no circuito.
Verstappen ironizou solidariedade das equipes à Ferrari: “Votarão contra”
Fernando Alonso discordou da penalidade obrigatória ao espanhol da Ferrari. “Algo que poderíamos mudar é a penalidade para Carlos. É um pouco duro“, opinou o piloto da Alpine, que por muito pouco também não se chocou com a tampa de válvula.
A FIA não pôde evitar as punições à Ferrari devido às próprias escuderias terem vetado, em discussões passadas, a anulação das penalidades em ocasiões especiais. “As equipes não deveriam ter permissão para ter uma palavra a dizer nessas coisas porque com certeza votarão contra isso“, disparou Max Verstappen.
O chefe da Ferrari, Fred Vasseur, solicitou a isenção junto aos comissários, mas sem sucesso. A alegação foi que o novo armazenamento de energia não concederia vantagem alguma a Sainz. Embora os comissários tenham sido solidários, não puderam anular a punição por não haver nenhuma brecha no regulamento.
“Não é fácil dar um jogo de pneus ou um motor, porque é um ganho de desempenho. Mas a bateria? Não há desempenho na bateria. Considerando que perdemos o TL1, que sofremos alguns milhões de danos, que a mecânica trabalhou muito para voltar e assim por diante, acho que não foi muito estúpido considerar o caso de força maior“, declarou o dirigente da equipe italiana.