Dominante nos últimos anos na Fórmula 1, a Red Bull Racing (RBR) compete no grid desde 2005. No final de 2004, a empresa Red Bull comprou a equipe Jaguar e passou a ser gerenciada por Christian Horner, que permanece no cargo até hoje.
A primeira origem da equipe foi como Stewart Grand Prix, fundada pelo tricampeão Jackie Stewart ao lado do seu filho Paul Stewart, em 1997. O brasileiro Rubens Barrichello, que anos depois foi parceiro de Michael Schumacher na Ferrari, e o dinamarquês Jan Magnussen, foram os dois primeiros pilotos do grupo.
A equipe teve alguns bons momentos nas duas primeiras temporadas na Fórmula 1, com destaque para o segundo lugar conquistado por Rubinho em Mônaco. No entanto, de forma geral, ficou longe de competir com as forças da época.
1999 foi a última temporada da Stewart Grand Prix e houve grande evolução: Johnny Herbert, que assumiu o posto no mesmo ano, conquistou uma vitória, enquanto o piloto brasileiro ficou três vezes na terceira posição.
Período de insucesso como Jaguar Racing
O ano de 2000 foi marcado por mudanças. A equipe passou a pertencer a Ford, que renomeou para Jaguar Racing. Além do mais, Barrichello se transferiu para a Ferrari, a grande força do período.
Depois que a Stewart Grand Prix conseguiu o quarto lugar no campeonato de construtores em 99, a Ford, que era a fornecedora de motores, decidiu comprar o grupo de Jackie Stewart, que seguiu como chefe de equipe mesmo após a venda.
Eddie Irvine, que foi vice-campeão com a Ferrari em 1999, assumiu o lugar de Rubinho, que tomou o caminho contrário. Ele fez parceria com Johnny Herbert, mas os resultados foram decepcionantes e a equipe conquistou apenas quatro pontos ao longo da temporada, algo muito distante das expectativas iniciais.
Troca de pilotos, pouca evolução e fiascos marcaram a passagem da Jaguar Racing na Fórmula 1. Depois de cinco temporadas com fracos resultados, a Ford decidiu vender a equipe.
O surgimento da Red Bull Racing (RBR) e anos de domínio
Como já dito, a Red Bull comprou a equipe que era da Ford, com Christian Horner no comando. Ainda em 2005, foi feito um acordo com a Ferrari para o fornecimento de motores, e logo o primeiro pódio foi conquistado, em 2006, com David Coulthard.
Após passar por alguns anos buscando se estabilizar no grid, a RBR conquistou sua primeira pole position e vitória no ano de 2009, com Sebastian Vettel, no Grande Prêmio da China. O piloto alemão fazia sua temporada de estreia na equipe de Horner.
A partir de 2010, a Red Bull teve seu primeiro domínio na Fórmula 1, com quatro temporadas seguidas vencendo o campeonato de pilotos e de construtores. Vettel foi tetracampeão, enquanto seu companheiro Mark Webber terminou três vezes em terceiro e uma vez em sexto na tabela de classificação.
Em 2011, a diferença era clara para o restante do grid: foram 18 poles e 12 vitórias em 19 corridas. Já no ano seguinte, a disputa foi muito acirrada contra Fernando Alonso, da Ferrari, mas o alemão conquistou o tri com três pontos de vantagem. Por fim, em 2013, Vettel mais uma vez levantou a taça mostrando grande superioridade.
A era pós-Vettel e o nascimento de uma estrela
Em 2014, Mark Webber deixou a RBR e Daniel Ricciardo assumiu o posto. A equipe, no entanto, não conseguiu repetir o sucesso das quatro temporadas anteriores e teve diversos problemas ao longo da temporada.
No ano seguinte, Vettel se transferiu para a Ferrari e encerrou sua marcante passagem na Red Bull. Após não vencer uma corrida sequer em 2015 e começar 2016 com os mesmos problemas, Max Verstappen entrou no lugar de Daniil Kvyat na quarta corrida da temporada.
O holandês logo colocou a RBR novamente no topo da Fórmula 1 ao vencer o GP da Espanha; Ricciardo também obteve sucesso e chegou em primeiro na Malásia.
Nas temporadas seguintes, Verstappen e o australiano seguiram tendo alguns bons momentos e vitórias, mas era claro que a Red Bull estava bem atrás da Mercedes e até Ferrari. Após 12 anos com motores da Renault, a equipe firmou acordo a Honda, fabricante japonesa. Em 2019 ocorreu também outra mudança de impacto: Ricciardo rumou para a Renault e deixou a equipe.
A dinastia Max Verstappen
Entre 2014 e 2020, a RBR ficou totalmente ofuscada pelo domínio da Mercedes. Foram seis títulos de Lewis Hamilton e um de Nico Rosberg neste período, enquanto a Red Bull buscava alternativas para voltar a ser competitiva pela taça.
Em 2021, enfim, o fenômeno Max Verstappen começou sua dinastia. Na última volta da última corrida da temporada, em Abu Dhabi, o holandês superou Hamilton e impediu o que seria o octacampeonato do britânico.
Nas últimas duas temporadas, a Red Bull evoluiu ainda mais seu carro em comparação com o restante do grid e dominou a Fórmula 1. No ano passado, a equipe venceu 21 das 22 corridas, sendo 19 por Verstappen e duas do mexicano Sergio Pérez. Ademais, conseguiu pela primeira vez uma ‘dobradinha’ na classificação final dos pilotos, algo que não aconteceu na época de Vettel e Webber.
Títulos da Red Bull Racing (RBR)
Pilotos (7): Sebastian Vettel (2010, 2011, 2012 e 2013) e Max Verstappen (2021, 2022 e 2023).
Mundial de Construtores (6): 2010, 2011, 2012, 2013, 2022 e 2023.
Curiosidades
1- Verstappen venceu o campeonato em 2021 contra Hamilton, mas a Mercedes ficou em primeiro no ranking dos contrutores;
2- Jos Verstappen, o pai de Max, correu pela antiga Stewart Grand Prix no ano de 1998.