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Red Bull e Max Verstappen criticam mudanças na Fórmula 1

O campeão da F1 hoje admitiu que tem dúvidas sobre novas regras

Red Bull
RB20, o carro da Red Bull (Divulgação/Red Bull)

Max Verstappen levantou dúvidas sobre as mudanças que a FIA pretende fazer na categoria. Em entrevista hoje, o tricampeão deixou clara suas preocupações. O principal piloto da Red Bull disse que “ainda há muitas coisas que precisam ser ajustadas”.

Para o piloto e para a direção da equipe da Red Bull, esse é o “momento de fazer muitas críticas”. Depois, quando as mudanças estiverem implantadas, segundo ele, ficará mais difícil fazer essas modificações. A FIA já confirmou que, em 2026, a categoria terá a implantação de novos regulamentos. Tais mudanças devem transformar a F1 que assistimos hoje.

Segundo Verstappen, se ele fosse responsável por tais mudanças elas certamente seriam muito diferentes. Porém, o piloto sabe que “o mundo está mudando e que a FIA quer atrair mais fabricantes” para a categoria.

As mudanças serão voltadas para aumentar a competitividade entre os carro e colocar um fim aos domínios como os da Mercedes, entre 2014 e 2021, e o da Red Bull, que vem desde 2021 até os dias de hoje.

Em entrevista concedida ao Motorsport Week, Max Verstappen afirmou que “ainda há coisas que precisam ser ajustadas” nessas mudanças. Segundo ele, isso precisa ser feito para a categoria permanecer com uma “boa imagem”.

Já dirigentes da Red Bull também se mostraram preocupados principalmente com as alterações nos carros para 2026. As mudanças voltadas para aumentar a competitividade e para tornar a categoria mais ambientalmente correta. Por essas razões, os carros ficarão menores e mais leves.

As novas regras também pretendem alterar a potência dos veículos e torná-los mais dependentes da energia da bateria. A ideia da FIA é rodar com combustíveis sustentáveis. Para a FIA, a F1 será emissão zero em 2030. Portanto, as mudanças serão drásticas.

Em entrevista à PlanetF1, o ex-piloto David Coulthard afirmou que já “compartilhou sua preocupação” com engenheiros e diretores da Red Bull. Segundo ele, “à medida que a categoria muda para carros” para algo próximo de carros híbridos. Isso, para Coulthard, “muda o perfil da direção e de como os carros se desenvolvem”.

Conforme afirmou ex-piloto, “em termos clássicos de corrida, a Vmax [velocidade máxima] está no final das retas e os pilotos freiam nas curvas”. Com as mudanças, de acordo com Coulthard, é possível que os novos pilotos vão “começar a desacelerar em direção à zona de frenagem, de modo que a velocidade máxima estará em algum lugar no meio da reta, o que é uma forma diferentemente de correr”.

Essas alterações estão deixando os engenheiros e diretores da Red Bull muito preocupados. Vários deles já criticaram as alterações e a tendência é que essa briga aumente nos próximos meses. A equipe que domina a F1 hoje não vai dar de mão beijada o domínio pelo qual ela trabalhou tanto para conquistar.

Esse posicionamento, no entanto, não é unânime entre os pilotos. George Russell, por exemplo, vê com bons olhos as mudanças propostas pela FIA.

Renato Roschel

Escrito por Renato Roschel

Editor-chefe do Nas Pistas. Há mais de 30 anos com trabalhos nas áreas de jornalismo e produção de conteúdo. Já colaborou para jornais como Folha de S. Paulo e Valor Econômico. Foi correspondente da Rádio Eldorado em Londres, editor da Revista Osesp e é tradutor, revisor, organizador e autor de diversos livros, entre eles, Literatura Livre: ensaios sobre ficções que formaram o Brasil, obra publicada pelo Sesc em 2022.

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