Arthur Santos Eustachio
A Red Bull explicou como o desejo de evitar atingir o teto com seu conceito levou a equipe a adotar algumas inovações no estilo Mercedes em seu carro da Fórmula 1 2024. Esperava-se que o time austríaco evoluísse o vencedor RB19, que venceu 21 das 22 corridas na temporada passada.
No entanto, a Red Bull surpreendeu no início deste mês quando revelou um RB20 que possuía algumas modificações marcantes em relação ao seu antecessor dominante. A equipe criou uma entrada lateral vertical que lembra a solução ‘zeropod’ da Mercedes e também se inspirou na marca com uma garganta profunda do motor.
O diretor técnico, Pierre Wache, admitiu que houve um certo grau de precaução quando se tratou de seguir uma rota de design que seus rivais haviam abandonado. Questionado se ele sentia que havia uma ironia na Red Bull replicar as soluções da Mercedes, ele disse que não: “Vejo mais de outra forma. Você tenta não ser emotivo com as escolhas de design, pois a primeira reação é: ‘ah, é melhor ter suas próprias ideias’. Mas em um ponto você só precisa dar um passo para trás e dizer: ‘é o cronômetro’?” e nosso sistema dizendo o que é melhor?” Então você testa as coisas e pega o que é melhor”.
“Como ser humano, você diz: ‘Eu preferiria fazer minhas próprias coisas’. Mas é perigoso porque você tem que seguir seus critérios; e, se o critério for o que é melhor, nós buscamos o que é melhor. E também não é exatamente a mesma coisa, para ser justo… é muito melhor. Foi baseado na simulação e nos números”, acrescentou Wache quando perguntado sobre o pensamento por trás de fazer mudanças generalizadas em uma plataforma forte.
“Você sabe que tem que melhorar bastante porque os outros vão voltar, e você sabe que o seu conceito está mais ou menos no patamar do que você pode alcançar com ele. Bem, talvez não o platô, porque alguns outros encontrarão mais, mas se você quiser um ritmo de desenvolvimento diferente, terá que apostar um pouco e mais riscos. Portanto, tomamos a decisão de correr mais riscos bem cedo”, concluiu.“
