Marco Andrews Felgueiras Maciel
Nos áureos tempos da Fórmula 1, os apreciadores da principal categoria do automobilismo se habituaram a ver marcas de cigarros estampando os carros. Afinal, o famoso modelo da McLaren de Ayrton Senna tinha a Marlboro assinando o aerofólio. Empresas de combustível também são patrocinadores comuns.
Entretanto, a Fórmula 1 também teve anunciantes inusitados em seus monopostos. De maneira aleatória, apareciam, nos carros dos pilotos, apoiadores mais diversos e curiosos. Desde bandas, personagens de desenhos, até patrocinadores eróticos.
Os fãs brasileiros da Fórmula 1 têm como uma das nostalgias mais marcantes a célebre primeira volta de Ayrton Senna em Donington Park, em 1993. Naquele GP da Europa em que o tricampeão mundial fez uma série de ultrapassagens no começo da prova, havia várias placas de publicidade da empresa de videogames Sega, patrocinador master daquela etapa.
Nelas, despontava com frequência o personagem Sonic. Aliás, o troféu recebido por Senna pela vitória tinha o formato do famoso porco-espinho azul, mais a propaganda da Sega. A marca também estampava os modelos da Williams naquele mesmo ano de 1993.
Até funerária patrocinou carro de Fórmula 1
Mas o Sonic pareceu um anunciante normal perto de outros que a Fórmula 1 apresentou. A Durex, além de fita adesiva, é também uma marca de preservativos famosa que já apareceu no carro de Alan Jones, da Surtees, em 1976. Como tudo é relativo, a revista masculina Penthouse também despontou na equipe Hesketh Racing, nos anos 70, que chegou a ter James Hunt como piloto.
Já a equipe Merzario chegou a estampar em seu monoposto, em 1979, a propaganda da companhia funerária Onoranze Funebri, numa época em que a Fórmula 1 era muito mais perigosa do que hoje em dia. Série televisiva de sucesso nos anos 90 e também como exibição no Brasil, “Xena, a Princesa Guerreira” patrocinou a Tyrrell de Jos Verstappen e Mika Salo em 1997.
Uma das grandes bandas da história da música pop, o Abba chegou a apoiar o piloto sueco Slim Borgudd, da equipe ATS. Baterista, tocava no estúdio com o famoso conjunto e apelou para a estampa do nome da banda na lateral do carro, em 1981. Borgudd faleceu no último mês de fevereiro.
Por fim, Mickey e Pateta não chegaram a despontar numa corrida oficial da Fórmula 1. Pelo menos, os famosos personagens da Disney aparecem nos testes de pré-temporada de 1984, no autódromo de Jacarepaguá, através da equipe Spirit-Hart, de Emerson Fittipaldi.
