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Robert Kubica revela maior arrependimento em sua carreira na Fórmula 1

Em 2008, piloto polonês esteve próximo de vencer o campeonato mundial da categoria, mas acabou em quarto lugar

Reprodução/Wikimedia Commons

Robert Kubica estava entre os maiores talentos de sua geração. De fato, em 2008 ele ainda tinha a perspectiva de lutar pelo Campeonato Mundial de Fórmula 1. Por isso ele aponta que seu maior arrependimento na categoria foi naquele ano. “Com certeza, pois não pressionamos a BMW para tentar vencer o campeonato naquela temporada”, disse ele em entrevista exclusiva ao GPblog.

Parecia um temporada perfeita. Graças à vitória no Canadá, Kubica se viu em primeiro lugar no campeonato. Se houve uma chance de conquistar esse título, foi ali, com a BMW-Sauber. Mas, por melhores que tenham sido as atuações da primeira metade da temporada, foram decepcionantes na segunda. Com o quarto lugar na classificação final, o piloto alcançou sua melhor posição na Fórmula 1. 

Em 2011 com a Renault, Kubica sofreu um grave acidente durante um rali antes da temporada. Isso o deixou com uma lesão permanente, principalmente na mão e no braço. Ainda assim, conseguiu voltar à F1; mas após um ano malsucedido na Williams em 2019, o polonês optou por uma função reserva na Alfa Romeo.

“Quando acabou, acabou, eu não olho muito para trás. Meu maior arrependimento seria, sim, em 2008. Simplesmente desistimos e isso é algo que você nunca sabe se terá outra chance. A carreira do piloto na Fórmula 1 parecia, ali, ter terminado. Mas ele nega: “Não, eu nunca disse isso. Alguns jornalistas afirmaram que eu estava anunciando o fim da minha carreira, que sabemos como a mídia às vezes funciona. Então, para ser honesto, realisticamente, com testes, não vou fechar a porta”.

“Claro, os testes são muito limitados na F1, mas há uma grande mudança no regulamento chegando. Há potencialmente novas pessoas e novas equipes entrando, e nunca se sabe. Estou em uma boa idade madura para entender não apenas os carros, mas também o que é preciso e o que ele traz para tornar o carro competitivo. Eu diria que pode abrir algumas possibilidades. Não estou dizendo que vai abrir, mas não vou fechar 100%. Em relação às corridas, eu diria que está quase no fim , mas ainda não acabou. Não feche a porta, mas falando realisticamente, vejo que é muito, muito difícil. Gostaria de estar envolvido em uma função que possa ajudar um projeto a crescer e ser parte ativa dele, não apenas participando de um interrogatório. Qual é a chance? Eu não sei”, refletiu.

Kubica, porém, ainda é um ícone em seu próprio país. Os jovens se inspiram neel por uma grande carreira no automobilismo. “Foi um grande boom quando entrei para a Fórmula 1. Quase ninguém assistia no país. Se você fala sobre isso na Polônia nos anos 90, eles não têm ideia do que você está falando. Quando um clube de kart apareceu na Polônia em meados dos anos 90, não havia conhecimento. Agora, muitas coisas mudaram, e muitas coisas estão avançando positivamente. Temos muito mais jovens pilotos de kart que são competitivos”, concluiu ele.

Arthur Santos Eustachio

Escrito por Arthur Santos Eustachio

Atua como produtor de conteúdo para sites e mídias digitais. Escreve notícias sobre esportes em geral - hoje principalmente na área de automobilismo: Fórmula 1, MotoGP e Nascar. Já trabalhou na 365Scores e como administrador de páginas esportivas.

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