Paulo Sérgio Leite da Silva
Em entrevista ao podcast “Denílson Show”, Rubinho Barrichello contou detalhes de sua carreira e comentou como se sentiu após a morte de Ayrton Senna, que ocorreu no ano de 1994.
Primeiro, o ex-piloto da Ferrari relembrou de um acidente que sofreu dias antes da tragédia que vitimou o maior esportista do automobilismo brasileiro.
“No começo, tive uma dificuldade maior, as pessoas não têm muita ideia de como aconteceu. Na sexta-feira do fim de semana que o Ayrton morreu, eu tive meu pior acidente… Eu bati tão forte que engoli a língua, eu apaguei por completo”, começou dizendo Rubinho.
“Fiquei bem, quebrei o nariz. Eu fui vendo que minha memória não estava ali, eu não me lembrei do meu acidente. Bem como não me lembro do Ayrton no cemitério”, confessou ele. “Tenho memórias das fotos que olhei. Eu acho que minha fita está voltando. Eu também não faço muita força, pois eu lembro do Ayrton sorrindo. Então eu não tenho muita vontade de voltar naquele período obscuro”, prosseguiu.
“Eu sentei no carro pela primeira vez com uma amnésia parcial, então eu só acelerava. Eu voltei para o carro 15 dias após o acidente, eu estava cheio de vontade”, relatou Rubinho. “Estava com medo de sentir medo. Eu falei assim: ‘eu vou entrar, ou vou dar uma bomba de novo e vou me machucar ou eu vou bater o recorde de circuito. Eu entrei e bati meu recorde”, afirmou ele.
Questionado sobre como lidou com a perda e com o fato de ter se tornado o grande nome do automobilismo brasileiro à época, Rubinho explicou:
“Como é que lidei com aquele peso todo com a falta do Ayrton? Primeiro era muita falta dele lá na pista, fisicamente para mim era muito difícil. Depois, você começa a dar um valor maior que o Brasil estava te olhando mais. Por um lado, pro ego era sensacional”, comentou; assista ao que disse Rubinho sobre o assunto:
