Paulo Sérgio Leite da Silva
O momento de Sergio Pérez na Red Bull não é dos melhores. O mexicano não consegue acompanhar o talento de Max Verstappen e ficou muito para trás nos três anos na equipe.
Em 2021, no primeiro título do holandês, Pérez terminou apenas em quarto na classificação geral, enquanto no ano seguinte ele evoluiu e ficou em terceiro. Nesta temporada, o mexicano passou grande parte disparado em segundo, mas agora vê o posto ser ameaçado por Lewis Hamilton, que está 33 pontos atrás neste momento.
A pressão de ser companheiro de Verstappen realmente gera assunto na Fórmula 1. De 2019 até agora, o holandês tem 43 vitórias, enquanto todos os colegas de equipe conquistaram apenas cinco vitórias somadas para a Red Bull neste mesmo período.
Uma entrevista de Max antes da chegada de Sergio em 2021 vem repercutindo na imprensa internacional: “Meu pai sempre disse: ‘Você tem que destruir seu companheiro de equipe'”, disparou ele, se referindo ao duelo dentro das pistas.
E ele seguiu as palavras do pai e não dá chances aos rivais e companheiros. Nesta temporada, são 13 vitórias e 15 pódios em 16 corridas, uma marca dominante e histórica que coloca o jovem muito perto do tricampeonato.
A “guerra dos pais” ganhou um novo capítulo nesta semana, quando Antonio Pérez Garibay reclamou sobre como o filho precisa se adaptar ao carro: “Tudo é construído em torno de Max, ele (Pérez) tem que respeitar isso. O carro é desenvolvido para o Max, que gosta de ter muita aderência na frente. Checo prefere aderência na parte traseira, então ele tem que guiar um carro que é feito sob medida para Max”, analisou ele.
Assim como Pérez, outros colegas de equipes sofreram com a pressão de dividir o espaço com Verstappen. Pierre Gasly e Alexander Albon, que ocuparam o posto antes do mexicano, também não tiveram um desempenho animador e foram substituídos rapidamente.
Diante do atual cenário, Lando Norris, que tem contrato até o fim de 2025 com a McLaren, é especulado na Red Bull. A posição de Sergio Pérez parece ameaçada, mas ele tem vínculo até dezembro de 2024.
