A Red Bull tem dominado a temporada 2023 da Fórmula 1, mas nem assim os pilotos da equipe estão 100% contentes com a competição. Isso porque as corridas deste ano estão marcadas pelo baixo número de ultrapassagens e pouca emoção nos duelos. Em Baku, no GP do Azerbaijão, Pérez venceu em uma corrida com apenas 18 ultrapassagens durante 51 voltas. No Bahrein, foram 22, quanto a Austrália marcou 20 ultrapassagens.
“Sinto que neste ano ficou mais difícil. Os carros estão gerando mais downforce, e quando isso acontece, o carro de trás tem mais dificuldades para perseguir”, disse o mexicano sobre as mudanças para a temporada 2023.
“Na minha opinião, não foi certo encurtar a zona de DRS, porque está mais difícil de ultrapassar do que no ano passado. É algo que deveriam revisar.”
Vale destacar que para o GP de Miami, a FIA já anunciou que vai encurtar duas das três zonas de DRS. Já havia sido relatado que as primeiras corridas da temporada passariam por mudanças nas DRS para “equilibrar as ultrapassagens”.
Verstappen concordou com Pérez
Líder do Mundial de Fórmula 1 e candidato a tricampeonato, Max Verstappen concordou com o companheiro quanto às ultrapassagens. Ainda segundo ele, o peso dos carros também influencia na monotonia de alguns GPs.
“Como Checo (Pérez) disse, acho que quanto mais downforce geramos, e isso acontecerá sempre todo ano, se você manter o regulamento, será mais difícil”, admitiu o holandês sobre as mudanças para a temporada 2023 da F1.
“Por conta do peso dos carros, eles são mais pesados, então em baixa velocidade é difícil de perseguir. Assim que você tiver um pequeno erro com esse peso, vira um grande escorregão, força mais os pneus e eles superaquecem (…) E também, com este novo tipo de carros, você anda com eles de forma super rígida.”
Verstappen lembrou então temporadas anteriores da Fórmula 1, em que as ultrapassagens eram mais facilitadas.
“Me lembro de 2015 e 2016, quando você poderia pegar algumas linhas diferentes, passar por uma zebra porque os carros eram bem mais suaves do que os de agora. E você poderia fazer tipos diferentes de técnicas e linhas, mas é muito difícil hoje em dia.”