Fabricio Carvalho
Szafnauer deixou a equipe após o GP da Bélgica do mês passado como parte de mudanças gerais na equipe de Enstone, com a saída do diretor esportivo de longa data Alan Permane. A notícia seguiu a saída do CEO da Alpine, Laurent Rossi, que foi afastado pelo CEO da Renault, Luca de Meo, para uma posição fora do programa de F1.
Em Spa, o chefe interino da equipe, Bruno Famin, disse que Szafnauer e Renault estavam em “cronogramas diferentes” em termos de interromper o plano de cinco anos da Alpine de lutar por vitórias e campeonatos.
Durante entrevista à rádio SiriusXM, Szafnauer disse que “não poderia concordar com um cronograma irreal” com de Meo, dizendo que a administração da Renault não entendia o que é preciso para ter sucesso na F1. Além disso, o ex-chefe da Alpine apontou que a falta de paciência da empresa com seus planos de recrutamento é como um sintoma dos problemas subjacentes.
Ele revelou que quando começou na Alpine há 18 meses, encontrou várias lacunas no know-how da equipe de Enstone. Preencher esses buracos atraindo funcionários de times rivais, que geralmente têm contratos de longo prazo e estão sujeitos a licenças de jardinagem, envolve longos prazos de entrega. De acordo com Szafnauer, a falta de compreensão desse processo por parte da Renault fez com que ele não conseguisse transmitir essa mensagem a seus chefes.
Aspas de Szafnauer sobre a Renault
“Acho que a alta administração da Renault, o CEO Luca de Meo, como todo mundo na F1, quer o sucesso instantaneamente e, infelizmente, não é assim que funciona na F1. Eles queriam fazer isso mais rápido do que é possível e eu não poderia concordar com um cronograma irreal, porque se você fizer isso, é apenas uma questão de tempo e todo mundo fica frustrado, então eu estabeleci um plano muito realista e possível e acho que eles queriam abreviar esse plano com outra pessoa.”
“Existem áreas da organização em que o nível de habilidade está em um nível muito elementar e isso ocorre porque as pessoas que eles têm são graduados universitários, por exemplo, em oposição a alguém com 25 anos de conhecimento Foi nessas áreas que comecei a recrutar, mas os melhores da Fórmula 1 costumam ter contratos de longo prazo, pelo menos três anos.”
“Consegui convencer algumas pessoas em áreas que precisávamos reforçar, mas infelizmente elas viriam algumas na segunda metade de 23, a maioria delas em meados de 24 e outras em 2025, e é isso que tento para explicar isso, de que algo virá tendência e temos que dar um passo para trás para dar dois passos para frente.”
“E eles simplesmente não tinham essa compreensão. Ou era impaciência ou era emoção, mas definitivamente nenhuma compreensão e, infelizmente, é isso que é preciso e é isso que eles encontrarão.”
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