Depois da Mercedes cravar apenas o quinto e o sexto melhor tempo no treino classificatório do GP de Interlagos, na última sexta, o chefe da escuderia, Toto Wolff, disse que a equipe poderia ter sido “mais adaptável” em meio às mudanças de condições climáticas, para conquistar a aguardada pole em solo brasileiro.
Diante da formação de uma tempestade no circuito durante o Q3, as equipes tinham o entendimento de que, entrar o mais rápido possível na pista era o ideal, antes da chuva começar. Contudo, a Mercedes acabou não aproveitando a oportunidade, ficando assim na terceira fila.
“Você vê como as diferenças são marginais em termos de voltas e temperaturas, e acho que não fomos adaptativos o suficiente. O Aston Martins simplesmente saiu furioso. Max, que saiu direto da garagem com pneus quentes, também saiu furioso e eram os carros mais rápidos. Estávamos um segundo atrás do tempo anterior, ou oito décimos atrás do tempo mais rápido, e isso mostra o que deveríamos ter feito”, pontuou Toto Wolff, em entrevista à Sky Sports.
Ao passo que Fernando Alonso e Lance Stroll pressionavam para aquecer os pneus nas voltas de saída, Lewis Hamilton e George Russell foram mais comedidos. Para Toto Wolff, diante do cenário visto com as intercorrências climáticas, seria possível qualquer um dos oito pilotos do Q3 figurar como P1.
Responsável pela direção de engenharia de pista da Mercedes, Andrew Shovlin, avaliou que a equipe tomou a decisão certa ao entrar na fila do pitlane, mas errou ao não levar em consideração a temperatura dos pneus.
“No que acabou sendo nossa última corrida, saímos da garagem mais cedo e entramos na fila no final do pitlane. Foi claramente correto estar na frente do pelotão, mas perdemos demasiada temperatura dos pneus enquanto esperávamos pela luz verde. Portanto, não tivemos uma boa aderência na abertura da volta; isso foi particularmente caro, visto que o circuito começou a ficar úmido por causa da chuva”, analisou Shovlin.