Cido Vieira
Chefe da Mercedes, o australiano Toto Wolff criticou a decisão da FIA sobre o aumento de multas máximas para pilotos da Fórmula 1 para casa de 1 milhão de euros. Antes da realização do GP de Austin, nos Estados Unidos, neste final de semana, o Código Esportivo Internacional foi ajustado.
Sem alterações há 12 anos, o regulamento acabou sendo alterado no meio da temporada, e trouxe cenário de insatisfação. O índice representa o aumento de quatro vezes mais as cifras que até então eram vigentes.
“É preciso haver algum impedimento para graves infrações aos regulamentos. Mas nada disso estava no radar de ninguém, que isso aconteceria. “1 milhão de euros? Precisamos de fazer um teste de realidade com a vida real, se isso é uma multa adequada ou não”, disparou Toto Wolff.
“Não creio que alguma vez tenhamos multado um condutor em 250 mil euros, por isso aumentar o limite máximo é algo que é preciso perceber de onde vem. Não queremos retratar a Fórmula 1 no mundo onde é difícil o suficiente, para aplicar multas de 1 milhão de euros aos pilotos. Acho que metade da rede não teria condições de pagá-los”, complementou o chefe da Mercedes.
Além de Toto Wolff, George Rusell também se posicionou sobre a novidade polêmica que vem agitando os bastidores da Fórmula 1.
“Acho bastante ridículo que um piloto possa ser multado em 1 milhão de euros. No meu primeiro ano na Fórmula 1, eu recebia um salário de cinco dígitos. Na verdade, perdi mais de seis dígitos naquele primeiro ano, pagando meu treinador, pagando voos e pagando um assistente. Esse é provavelmente o caso de 25% da rede”, avaliou o piloto britânico.
No GP de Austin, a Mercedes conseguiu um segundo lugar com Lewis Hamilton, que chegou a pressionar o líder Max Verstappen, mas não conseguiu encerrar o tabu. Russell, por sua vez, acabou sendo afetado com a punição, e terminou no sétimo lugar.
