Danielle Barbosa
A Ferrari foi a única equipe que conseguiu superar a Red Bull e vencer uma corrida de Fórmula 1 na temporada de 2023. Carlos Sainz foi responsável pela única vitória dos italianos no ano com o triunfo no GP de Singapura. A temporada da equipe de Maranello, entretanto, não foi fácil. E o chefe Frederic Vasseur reconhece isso.
Após o vice-campeonato de Charles Leclerc em 2022, a Ferrari esperava brigar pelo título em 2023. A equipe italiana, contudo, esteve bem longe da disputa. O piloto com a melhor colocação do ano foi Leclerc, que terminou o campeonato na quinta colocação, com 206 pontos e seis pódios. Sainz foi o sétimo colocado, com 200 pontos, uma vitória e três pódios.
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Na disputa pelo campeonato de construtores, a Ferrari chegou para a última corrida do ano, em Abu Dhabi, disputando a segunda colocação com a Mercedes. Apesar da segunda colocação de Leclerc, o vice-campeonato ficou com a Mercedes.
Frederic Vasseur admite que sabia que o ano da Ferrari seria complicado desde os primeiros testes do carro.
“Na primeira manhã do [primeiro] teste, acho que já era bastante óbvio. Você ainda tem algumas esperanças… o carro ainda está em desenvolvimento, está forçando, você espera fazer a pole position, vencer uma ou duas corridas. Mas no final você acha que Max vencerá todas as corridas, exceto uma, duas ou três”, disse Vesseur.
“Foi uma temporada difícil. O mais importante no nosso negócio é ter uma visão mais clara do que estamos fazendo e tentar melhorar o resultado é o que esperávamos”, completou.
Vasseur admite expectativas altas demais:
Frederic Vasseur já havia feito uma espécie de retrospectiva durante uma entrevista com a mídia nos últimos dias. O chefe da Ferrari reconheceu que as expectativas para o desempenho da equipe eram altas demais após o vice em 2022.
“Acho que o nível de expectativa era um pouco alto demais no início da temporada. Mas o que eu gostaria de ter em mente nesta temporada é a reação da equipe. Tivemos um momento difícil depois de Jeddah, Miami, Espanha ou Zandvoort. Zandvoort não é (um circuito) tão longo, e quase levamos uma volta. Coletivamente, demos um grande passo à frente, e isso é bom para o futuro. É com base nessa progressão que pretendemos construir o próximo ano“; destacou o francês.
Para o futuro, Vasseur sabe exatamente em quais aspectos a Ferrari precisa melhorar. “O desempenho está vindo de todos os lugares da empresa. O fato de sermos capazes de produzir peças mais rapidamente ou o fato de termos maior confiabilidade. Perdemos muitos pontos nesta temporada por diferentes motivos. Por confiabilidade, por desqualificação da nossa equipe, por impedimento na classificação. É claramente aí que temos que trabalhar”, disse.
“E temos que melhorar a aerodinâmica, o motor, todos os tópicos. E não é que tenhamos algo errado e algo bom, e você conserta algo e dá um passo de cinco ou quatro décimos. O mais importante é que as 1.000 pessoas que temos estão convencidas de que todas contribuem para o desempenho e que todas estão tentando ir até o limite”, completou.
