Matheus Camargo
O chefe da Williams, James Vowles, acha que a equipe pode desbloquear um potencial inexplorado extra na Fórmula 1 de 2024, que vai além de uma força descendente extra. A equipe vem de uma temporada elogiável em 2023, onde terminou em sétimo lugar no campeonato de construtores, seu melhor resultado desde 2018.
Vowles chegou pouco antes do início da campanha e, por isso, o verdadeiro impacto das mudanças que está fazendo na equipe ainda está para ser visto nos próximos anos, segundo publicação do Motorsport. Uma das primeiras decisões que Vowles tomou foi a equipe interromper o desenvolvimento de seu carro de 2023 mais cedo, para que pudesse concentrar mais esforços no veículo de 2024.
Embora isso deva significar um avanço em áreas como o downforce, Vowles acredita que um ritmo extra também será liberado a partir de melhorias em aspectos como a dinâmica do carro. Ao Motorsport.com, ele comentou as mudanças do carro de 2024.
“Adicionamos downforce, mas na verdade a principal coisa em que estamos trabalhando é o comportamento e as características do carro. Acho que há um potencial inexplorado nisso, então podemos seguir em frente. Quanto? É difícil dizer.”
Williams reconhece “tarefa difícil”
Com a batalha equilibrada da Fórmula 1, a Williams sabe que dar um grande salto tão rapidamente será uma tarefa difícil. Vowles é realista e entende que a chance mais realista que sua equipe tem de chegar à frente virá quando os novos regulamentos de carros entrarem em vigor para 2026.
“Estou feliz com o trabalho que estamos fazendo, mas aposto que se você entrevistar todo mundo na grade eles dirão o mesmo. Isso normalmente indica que você talvez vá avançar um pouco, mas é só isso. Os grandes passos realmente vêm com mudanças na regulamentação e 2026 será a primeira oportunidade para avançarmos adequadamente.”
Embora Vowles tenha conseguido fazer algumas mudanças rápidas na equipe para resolver áreas de fraquezas importantes, ele acredita firmemente que o foco deve estar em onde a equipe estará muitos anos depois.
“Você pode ser arrastado muito rapidamente para o que chamo de ervas daninhas, onde você olha para um problema e começa a vasculhá-lo. Mas isso é uma visão de curto prazo, para ser honesto, porque esse problema já é o resultado de outros sistemas que estão errados, para começar. Praticamente tudo o que mudamos foi trazer infraestrutura e pessoas, e levará muito tempo até que as repercussões sejam sentidas como resultado disso.”
